Estudante da UFMT é de maioria branca e mulher, aponta pesquisa


Perfil Universitário


Elayne Mendes 


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Brancos, com renda familiar entre três e seis salários mínimos, mais da metade mulher e com idade entre 20 e 24 anos. Este é o perfil predominante entre os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), segundo a IV Pesquisa do Perfil Socioeconômico e cultural dos estudantes de Graduação das Instituições Federais do Brasil, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

O estudo tem por finalidade qualificar as heterogeneidades existentes entre os discentes para formular políticas de equidade e outras ações, no âmbito das universidades brasileiras para garantir a permanência e  viabilizar o sucesso dos estudantes no ensino superior. Para isso, a pesquisa traz dados comparativos entre os anos de 1996 e 2014.

A pesquisa foi aplicada em todos os campi da UFMT, o que contabiliza cerca de 20 mil alunos entrevistados. Em 1996, 53,8% dos alunos da instituição eram do sexo feminino e 46,2% do sexo masculino. Em 2014, a mudança foi praticamente imperceptível, passando para 53,26% e 46,52%, respectivamente.

Quanto à idade, os dados apresentados possibilitam notar que houve uma redução do ingresso de alunos com idade entre 20 e 24 anos, passando de 53,77% em 1996, para 51,92% em 2014. Em contrapartida, houve um aumento relevante entre os graduandos com idade igual ou superior a 30 anos, passando de 10,22% no ano inicial da pesquisa para 14,72% no último levantamento.

Em se tratando da cor, houve uma grande oscilação. Estudantes que se consideram pardos apresentaram um aumento percentual de 4,55 (saindo de 35,1% para 39,65%). Os alunos que se auto intitulam pretos presentes nos campi da instituição federal em 1996 era de 6,3% e passou para 10,55%, em 2014. Já os indígenas tiveram sua participação reduzida na universidade, caindo de 1,5% para 0,63%. 

Por sua vez, mesmo também apresentando queda, os alunos brancos continuam sendo a maioria nos campi da UFMT, passando de 51,8% para 41,79%.

Quando o assunto é estado civil, os números apresentam um certo equilíbrio entre as classificações: solteiro (10,34%), casado (12,65%), união estável (10,71%), separado (12,74%), viúvo (13,24%) e o restante não declarou o atual estado civil.

Renda

Ao analisar a faixa de renda per capita, a pesquisa da Andifes aponta que, independentemente do sexo, quase 23% dos graduandos da UFMT se encontram na faixa de renda per capita de “até meio salário mínimo”, 20% estão na faixa “de meio a um salário mínimo”, 26% na faixa “mais de um a dois salários mínimos” e quase 19% estão na faixa “mais de dois a três salários mínimos”.

Outros 6% estão na faixa “mais de três a quatro salários mínimos” e o restante distribuído nas faixas acima de quatro salários mínimos. Cerca de 1% dos graduandos da instituição federal declarou não ter renda.

Ainda considerando essa linha de análise, identifica-se que as mulheres tendem a ter maior representatividade na faixa de renda per capita que vai até dois salários mínimos e na faixa “mais de 9 a 10 salários mínimos”.

Os graduandos do sexo masculino, por sua vez, tendem a ter uma representatividade maior nas faixas acima de dois salários mínimos e até nove salários mínimos, e na faixa superior a 10 salários mínimos.