Eleições informais para reitoria da UFMT ocorrem nesta terça; na reta final Evandro e Marluce falam de suas expectativas e projetos
Eleições UFMT
Jhenniffer Muniz
Raíssa Ali
As eleições informais para reitoria da
UFMT chegam à reta final, quando a comunidade vai às urnas nesta terça-feira
(2), nos quatro Campi da instituição para escolha do novo reitor ou nova
reitora, entres Evando Silva (Chapa 2) e Marluce Souza (Chapa 1).
O último debate entre os
candidatos ocorreu nesta segunda-feira (1), pela manhã, no Campus de
Cuiabá.
No Campus Araguaia a comunidade acadêmica se reuniu, segunda-feira (25) da semana passada, para o penúltimo debate deste segundo turno. Apesar da chuva parte dos segmentos universitários compareceu para à exposição de propostas dos candidatos.
Candidatos à eleição para a reitoria da UFMT participam de debate realizado no Campus Araguaia, unidade II - imagem
Maria Eduarda Bonfim. |
No intervalo das discussões, a
Agência Focaia conversou com os dois candidatos sobre a campanha à reitoria da
UFMT, e respectivas avaliações do cenário na semana que antecede o momento do voto.
O professor Evandro Silva dá
atenção às suas realizações da sua gestão, destacando suas experiências e
propostas com base na realidade e necessidades da instituição. Não entende que
ficou isolado no segundo turno ao perceber que as duas chapas concorrentes
passaram a apoiar a professora Marluce Souza.
Como avalia, “é
um cenário excelente, de bons desafios e aqui nós vamos observar o quanto cada
candidato [que apoia a chapa 1] pode transferir votos.”
Na sequência, Marluce destaca
suas propostas no sentido de desenvolvimento da UFMT, com abertura de mais
diálogo com a sociedade e apresentação às comunidades do trabalho desenvolvido
internamente. Se dizendo progressista, avalia que a política partidária tem
importância para quem assume um cargo administração na universidade, sugerindo
uma inserção política da instituição na sociedade em caso de vitória.
“A UFMT é uma instituição
de trabalho onde nós devemos respeitar e seguir as normas mesmo quando nós não
concordamos. No partido não, no partido nós propomos, nós somos mais
propositivos.”
A seguir as entrevistas.
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Evandro Silva apresenta suas propostas à comunidade acadêmica durante debate realizado na UFMT Araguaia - Imagem Maria
Eduarda Bonfim. |
Entrevista - Evandro Soares da Silva
Como o Sr. avalia as eleições
informais para reitoria, há participação da comunidade acadêmica de todos os
campi? É realmente o que o Sr. esperava?
Evandro Silva - Olha, a participação acadêmica,
especialmente dos estudantes, diminuiu bastante comparando com as outras
eleições. Mas aí a gente passando as salas de aula, nos debates, convocando os
estudantes a participar, eu acredito que na próxima teremos aí uma surpresa da
participação dos estudantes nas urnas. Tivemos também uma baixa participação de
técnicos, de professores em algumas categorias, mas aí a gente está fazendo
também um trabalho de conscientização da importância que é esse momento não
apenas para o UFMT, mas para a formação do estado de Mato Grosso, para o
desenvolvimento do estado de Mato Grosso. Então a avaliação é boa, acredito que
a gente precisa avançar na participação da comunidade como um todo. E é claro
também da comunidade externa, eu estou vendo que a comunidade externa também
está um pouco tímida em relação a essas questões e aí precisamos envolver mais
a comunidade externa, mas felizmente alguns setores têm nos procurado,
inclusive eu tenho tido até a felicidade de alguns apoios de entidades fora da
universidade, principalmente o setor comercial produtivo.
Como Sr. planeja promover a
diversidade e a inclusão na universidade, tanto em termos de recrutamento de
alunos e docentes quanto na criação de um ambiente acolhedor para todos os
membros da comunidade universitária?
Precisamos continuar fazendo
aquilo que a universidade sempre fez, nós já fizemos por exemplo a lei das
cotas, nós fomos, por exemplo, vanguarda na lei da cota para a escola pública,
pretos, pardos e indígenas, já fizemos o Pro-IND e interrompemos o Pro-IND em
2016, salvo o engano, 2015 e 2016, vamos retomar o pro-indie no ano que vem. Por
quê? Porque conseguimos junto aos ministérios uma bolsa diferenciada para os
indígenas e quilombolas, então precisamos retomar o Pro-IND. Em relação ao
Pro-INQ, nós incluímos o Pro-INQ, que é o Programa de Inclusão Quilombola,
nesse processo. Então, no ano que vem nós teremos tanto Programa de Inclusão
Indígena quanto Programa de Ação Quilombola. Estamos construindo aqui, com o
Campos do Araguaia, a questão da formação de professores na área indígena. Já
teve mérito na CAPES, agora precisa a reitoria dialogar com o MEC e com outras
instâncias para a gente viabilizar. Na questão também da inclusão, temos um
projeto importante sendo desenvolvido pela gestão com recursos da professora
Rosa Neide, de 12 milhões de reais, junto com o Ministério da Agricultura, que
vai habilitar estudo e proposta de melhoramento, e não só proposta, mas
execução de melhoramento tanto na questão da produção de alimentos para aldeias
indígenas quanto a questão da saúde indígena. É também um programa de inclusão.
Nós estamos trabalhando, por exemplo, também com o NAI, com o nosso núcleo de
acessibilidade e inclusão, onde sempre observamos se tem um PCD, ver qual é o
trajeto desse PCD, pra onde esse PCD vai, qual é o trajeto que ele deseja fazer
para que a gente providencie todas as condições para que esse PCD possa fazer
esse trajeto. E a inclusão não é apenas questão de mobilidade, ela envolve no
sentido lato. E aí a Universidade, também na nossa gestão, aprovamos na
pós-graduação cotas também para pretos, pardos e inclusive para trans. Então
essa gestão tem também, vamos dizer assim, no seu DNA um viés de importância e
principalmente ações que são voltadas para questão de acessibilidade e
inclusão, principalmente no quesito pluralidade e diversidade. Como, por
exemplo, a inclusão de gestores dos campi do interior na nossa gestão. Eu fui o
primeiro reitor, como eu disse ali, o primeiro reitor negro e o primeiro reitor
que trouxe pró-reitores, vice-reitor de campos do interior, porque a gente tem
uma visão realmente diversificada e plural, e não como sempre foi feito na
universidade, só pró-reitores ali de Cuiabá. Então isso mostra uma
característica do nosso DNA da diversidade, pluralidade, inclusão e
acessibilidade.
Existe uma greve dos servidores
técnicos já em curso e uma outra greve, dessa vez dos professores, ainda em
fase de especulação, como isso afeta o início da gestão e mais ainda, como
contornar esses problemas que afetam a universidade?
A universidade é sempre
dinâmica, cheia de desafios. A greve dos técnicos foi uma greve deflagrada em
assembleia pública para todos os técnicos e foi dada uma decisão que a gente
respeita. Os técnicos estão lutando por melhores salários, pela contratação de
mais técnicos, nós perdemos mais de 300 técnicos nos últimos 5, 10 anos, então
precisamos dessa recomposição e os campi do interior tem poucos técnicos
também, precisamos dessa recomposição de mais de 300 técnicos para que a gente
possa contemplar também os campi do interior, que vai ter um vetor de
crescimento muito grande com outros cursos de graduação, de pós-graduação,
então todo esse movimento é legítimo.
Em relação aos professores é
importante também questionar os professores no quesito iniciar a greve antes de
acabar as atividades acadêmicas, porque isso vai prejudicar absurdamente os
estudantes, então desde cá já digo que não sou contra greve, a greve é um
direito, contudo a gente precisa no mínimo de bom senso e não de senso comum. E
o bom senso ele dá prioridade para as pessoas e nesse caso essas pessoas são os
estudantes da UFMT que precisam ter o calendário. Terminar o semestre para que,
assim, os professores possam fazer sua luta legítima, seja por qualquer meio.
É claro que a greve precisa ser
o último instrumento depois de um grande e vasto diálogo com os ministérios
para as melhorias. Então o último é o que está acontecendo se, sim, a greve é
legítima, está correta. Se não, precisamos dialogar mais, porque não adianta
ter só o discurso de diálogo e não fazer isso na prática.
Considerando a importância da
pesquisa científica para o avanço do conhecimento e o desenvolvimento da
sociedade, qual será sua abordagem para incentivar e apoiar a pesquisa em todas
as áreas acadêmicas dentro da universidade?
Só temos um bom desenvolvimento
humano, bom índice IDH, se nós tivermos a efetiva aplicação das tecnologias.
Países que produzem minérios, agricultura em geral, não estão entre os
desenvolvidos. Exceto o petróleo, é claro, mas assim mesmo nem todos que produzem
petróleo são desenvolvidos, mas a gente acredita que a gente precisa de um
desenvolvimento tecnológico e esse desenvolvimento tecnológico só vem com a
ciência, a ciência só vem com bom ensino de graduação e pós-graduação e o bom
ensino de graduação e pós-graduação só vem com uma educação básica de
qualidade, é toda a cadeia de valor que a gente precisa valorizar.
Na universidade que fizemos,
fomos atrás do recurso, já que nosso meio foi buscar recurso com o Governo do
Estado, na qual fez um edital para os laboratórios multiusuários, um em cada
campi, e com isso a gente conseguiu dar um certo avanço. E aí nós temos aqui,
por exemplo, no Araguaia, o CPMU, que está com um excelente problema. Eles
estão precisando de mais espaço para guardar tanto equipamento que eles
ganharam um edital que a gente buscou junto com o Governo do Estado.
Além disso, nós estamos esse mês
fazendo um edital para os laboratórios multiusuários, ganharem em torno de 10
mil reais, para poder fazer aquele custeio barato, rápido, simples, como uma
lâmpada, uma tomada, um reagente, um becker, uma lâmina, uma coisa muito
barata, que a gente às vezes demora seis meses para comprar pela universidade,
ele poderá fazer isso, é claro, de forma legítima, legalmente constituída, justificando,
contabilizando e mostrando tudo que gastou, prestando contas.
Então, dessa forma, e com o
cartão pesquisador, cartão pesquisador foi um avanço da nossa gestão,
precisamos ampliar o cartão pesquisador, tanto em valor quanto em quantidade de
cartão, para que os pesquisadores possam, por exemplo, utilizar esse recurso
para traduzir um artigo, para corrigir um artigo numa língua estrangeira, para
publicar, porque às vezes nós temos publicações de mil dólares, aproximadamente
cinco mil reais, e esse cartão pesquisador tem essa finalidade, e
principalmente a inclusão do pesquisador na pós-graduação, porque nós temos
muito pesquisador que não teve oportunidade de boas publicações porque também
não tem recurso pra pagar uma revista. Então, esse cartão dá para ele esse
recurso, ele publica na revista e já pleiteia a entrada numa pós-graduação para
assim aumentar mais ainda a sua produção.
Além disso, a gente tá
estimulando também criação de nova pós-graduação e pesquisa, o professor que é
aqui do campus Araguaia, teve um sucesso absurdo. Por exemplo, no Araguaia,
todos os cursos subiram, todos os programas de pós-graduação subiram de nota,
nós temos agora a área da farmácia, pleiteando um doutorado, vai ser o primeiro
doutorado aqui, é a PCN aprovada, nós implantaremos agora um doutorado. Então,
em Cuiabá, considerando todos os campi, foram 12 cursos que aumentaram a sua
nota, são oito para o curso de mestrado que estão pleiteando um doutorado. Tudo
isso são ações da nossa gestão em busca da melhor qualificação para o
professor, oportunidades e para que a gente faça uma propulsão da pesquisa que
ela vai atingir a questão do desenvolvimento científico, da produção de
conhecimento, desenvolvimento tecnológico e o melhor IDH para todos nós.
O sr. Recebeu boa votação no
primeiro turno da eleição informal, porém não conseguiu nenhum apoio das chapas
que deixaram o pleito, que agora apoiam a candidata Marluce Souza, como avalia
o cenário político neste momento?
É um cenário excelente, de bons
desafios e aqui nós vamos observar o quanto cada candidato pode ser transferir
de votos.
Embora tenha chapa dois e três
apoiando a candidata da chapa um, a gente tem mostrado principalmente que nós
temos propostas, nossas propostas são claras, objetivas e principalmente
buscando soluções para os problemas.
Então a ela vai decidir no dia
dois se ela quer uma pessoa que produz ilações em relação aos problemas dizendo
que vai resolver todos os problemas, mas não diz nem como, nem quando, nem de
que forma, nem usando que tecnologia, que objeto ou observa os problemas,
recebe os problemas e está sempre buscando uma solução.
Muito comum a comunidade
acadêmica discutir a posição política do candidato a reitor, que fica quatro
anos na administração da UFMT, qual a tendência política do Sr., mais à
esquerda ou direita?
Olha, o reitor precisa fazer
algo como eu fiz. Eu dialoguei com Rosa Neide, que é uma deputada da vanguarda
do PT. Eu tenho a professora Enelinda me ajudando na universidade. Com a Rosa
Neide, nós conseguimos 12 milhões para um programa de saúde e produção de
alimentos indígenas. E com o Abílio, que é um deputado da direita, conseguimos
12 milhões também para a universidade.
Conseguimos também, com a
coronel Fernanda, 2 milhões, com o senador Wellington Fagundes, 2 milhões, com
Gisela Simone e Fábio Garcia, 2 milhões, e com o senador Jayme Campos, 12
milhões. Conseguimos também recursos com a Assembleia Legislativa, com o Lúdio
Cabral, com o Valdir Barranco, com o Wilson Santos, conseguimos também com o
deputado Botelho, presidente da Assembleia, que inclusive é engenheiro
eletricista da mesma sorte que eu.
Então o reitor, ele tem que ter
um único inteiro e não partido, esse inteiro se chama UFMT, temos que lutar
para a UFMT. E um reitor que é filiado num partido, e ele tem todo o direito de
ser filiado ao partido, entendo que não é a pessoa adequada para dirigir o
terceiro maior orçamento de Mato Grosso.
Então, qual é o meu viés?
Enquanto eu for reitor, não terei viés político e ideológico, minha ideologia é
defender a UFMT para que ela seja uma instituição sempre de excelência,
buscando recurso onde houver, claro, com toda legalidade, porque legalidade e
compliance é uma questão de figura de linguagem para o servidor público, todo
servidor público é obrigado a seguir a lei, então compliance para o servidor
público é pleonasmo.
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Marluce Souza em debate na UFMT Araguaia quando apresenta propostas de campanha à comunidade acadêmica - imagem Maria
Eduarda Bonfim. |
Entrevista - Marluce Aparecida Souza Silva
Como o Sra. avalia as eleições
informais para reitoria, há participação da comunidade acadêmica de todos os
campi? É realmente o Sra. esperava?
Marluce Souza - Eu avalio positivamente todo
processo de escolha, é importante principalmente quando é elaborado no formato
que ele foi: garantindo a paridade dos votos entre estudantes, técnicos
administrativos e docentes. Portanto é positivo só por esse elemento. Mas
acontece que a participação da comunidade universitária de alguma forma não foi
favorecida. Continuávamos tendo aula, atividades acadêmicas, os professores
dentro das salas de aula nos momentos em que os debates eram marcados.
Então, é importante que a gente
ofereça oportunidade para que todos conheçam os nossos projetos e todas as
chapas se apresentem no momento em que foram convidados a isso, o que de alguma
forma não foi oportunizado.
Como Sra. planeja promover a
diversidade e a inclusão na universidade, tanto em termos de recrutamento de
alunos e docentes quanto na criação de um ambiente acolhedor para todos os
membros da comunidade universitária?
Nós já temos algumas afirmativas
que são importantes, elas precisam ser ampliadas para outras parcelas que ainda
não estão sendo contempladas, por exemplo os imigrantes, nesse momento eles
precisam chegar dentro da universidade. O Campus Araguaia precisa ter um número
maior de jovens, de estudantes da comunidade e isso a gente não tem percebido.
Então é importante que demos direção, que possamos encaminhar essas demandas
aos órgãos colegiados, que convença os coordenadores de curso, demonstre que
nós temos interesse de que toda a população esteja usufruindo daquilo que a
universidade pode oferecer.
Então o principal procedimento
no momento é abrir as portas e mostrar para comunidade que essas portas estão
abertas.
Existe uma greve dos servidores
técnicos já em curso e uma outra greve, dessa vez dos professores, ainda em
fase de especulação, como isso afeta o início da gestão e mais ainda, como
contornar esses problemas que afetam a universidade?
A nossa gestão, será iniciada em
outubro. E eu espero que até outubro as demandas apresentadas pelos servidores
técnicos administrativos e pelos docentes já tenham sido solucionadas. Que nós
possamos estabelecer uma mesa de negociação e que as nossas demandas e as
nossas recomposições salariais sejam atendidas. Então a greve é uma luta dos
trabalhadores e nós devemos respeitar.
Considerando a importância da
pesquisa científica para o avanço do conhecimento e o desenvolvimento da
sociedade, qual será sua abordagem para incentivar e apoiar a pesquisa em todas
as áreas acadêmicas dentro da universidade?
A pesquisa na Universidade
Federal ela tem sido realizada com muita competência, muita responsabilidade e
ela tem apresentado encaminhamentos e compreensões importantes para que a gente
entenda, por exemplo, o que é o estado de Mato Grosso, o que é a nossa região,
o que é a nossa concentração de renda, de propriedade privada. Como são os
nossos estudantes, quem são. Explicando os problemas de saúde, os problemas da
educação, os problemas de violência, de empobrecimento, de desemprego; e isso
precisa estar alçado a uma condição de visibilidade para sociedade, [a qual] não
sabe o que nós fazemos e a gente precisa, por exemplo, estabelecer orçamento
para que tenhamos maior número de publicação, que realizemos eventos, que
possamos trazer os estudantes do ensino médio pra assistir os resultados das
nossas pesquisas, para participar dos nossos projetos de extensão e com isso
nós estaremos valorizando a pesquisa e também os pesquisadores.
Considerando a vantagem numérica
que o candidato Evandro apresentou no primeiro turno da eleição, como a Sra.
pensa em convencer os eleitores indecisos ou sem candidatos atualmente?
Ele não teve vantagem numérica,
nós tivemos, ele teve 1880 votos e nós tivemos 1887 votos. Portanto a vantagem
numérica está com a gente, né? Ele só ficou em primeiro lugar em função da
regra estabelecida do colégio eleitoral. E nós hoje temos o apoio da chapa 3 e
da chapa 4 e nós trouxemos para o nosso programa muitas das propostas
apresentadas principalmente em relação aos pesquisadores, em relação aos campi
do interior. Nós estamos convencidos de que temos um projeto, de que temos uma
proposta que vai de alguma forma favorecer o encaminhamento, o desenvolvimento
e a qualificação dos nossos e a valorização dos nossos estudantes e dos nossos
servidores.
Muito comum a comunidade
acadêmica discutir a posição política do candidato a reitor, que fica quatro
anos na administração da UFMT, qual a tendência política da Sra., mais à
esquerda ou direita?
Eu me considero uma pensadora
progressista. Não acredito que existe direita e esquerda, porque o atual
reitor, por exemplo, diz que o partido dele é a UFMT, mas ela não é partido, a
UFMT é uma instituição de trabalho onde nós devemos respeitar e seguir as
normas mesmo quando nós não concordamos. No partido não, no partido nós
propomos, nós somos mais propositivos e nós estabelecemos aquilo que é
prioritário a partir dos nossos fundamentos sociológicos, filosóficos,
políticos.
Então eu me considero uma mulher, uma cidadã com pensamento progressista, e acredito que a sociedade está em movimento e que ela deve assim caminhar, se movimentando sempre, valorizando os jovens. Porque logo, eles estarão tão adultos quanto eu e deverão também estar valorizando os seus filhos, os seus netos e a sociedade assim.