O Governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB),
afirma em entrevista ao Jornal Meio Dia da Rede Record de Cuiabá, que fez mais
de cem reuniões com sindicatos do Estado, inclusive com presença pessoal em
algumas delas, mas não conseguiu acordo com o funcionalismo estadual. Sobre a
ocupação das escolas estaduais segue negociando com os estudantes e que a
Parceria Público Privada (PPP) será feita, mas após diálogo com as comunidades
escolares.
Como sinaliza na entrevista o governador mato-grossense, a proposta dos alunos
vai além da ações políticas e tem cunho ideológico partidário de oposição ao Palácio Paiaguás, pois como pontua, os jovens nas
escolas usam camiseta com dizeres favoráveis ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST),
"Volta Dilma". Taques se intitula como um dos primeiros políticos brasileiros a defender o impeachment do governo petista.
Efetivamente, de acordo com notícia publicada pelo Jornal Gazeta (Cuiabá), na educação, 85% das escolas
estaduais em Mato Grosso estão paralisadas. O Sindicato dos
Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), informa que 67 municípios do
Estado disseram não a nova proposta feita para o pagamento da RGA.
Para o governador não é possível pagamento do
Revisão Geral Anual (RGA) de 28,11% na integralidade para o funcionalismo
público de Mato Grosso. Taques pontua que fez mais do que muitos estados, os quais
não pagaram o aumento (atualização do índice inflacionário). Segundo ele a sua gestão fez
propostas, mas que não foram aceitas pelos sindicatos, mantendo à greve.
Sobre aumento da taxação do agronegócio,
questionado pelos servidores sobre a solução para a crise do caixa do Estado,
Taques diz que pessoalmente é contra exportação de impostos em um país convivendo,
no momento, com crise econômica e desemprego.