Jornalista conta como profissão ajuda em sua carreira de atriz

O segredo é não ter preguiça. É assim que a jornalista Juliana Bontorim leva sua rotina no Diário do Grande ABC com os ensaios de teatro. Em projeto que traz humor e informação, ela está prestes a se apresentar no palco do Paiol Cultural, em São Paulo, com a peça "Banheiro de Mulheres", que trata de temas como câncer de mama e busca pela alma gêmea. Para falar sobre o assunto, ela conversou com a reportagem do Portal Comunique-se. "Conto com a ajuda de grandes amigos para conseguir conciliar as áreas".

-----------julianaJuliana Bontorim dá vida à personagem Maria Fernanda em nova peça teatral (Imagem: Divulgação)O relacionamento de Juliana com o teatro começou junto do curso de Jornalismo, por coincidência e necessidade. Para ganhar uma bolsa parcial de estudos na Universidade de Taubaté, no interior paulista, onde se formou em comunicação, ela precisou entrar para o grupo de artes cênicas. "Na época, fiz diversas produções infantis, como 'O Príncipe Medroso'", conta. As experiências como atriz e jornalista são complementares, de acordo com ela, que é apresentadora da Web TV e colunista social do jornal que tem sede em Santo André, Grande São Paulo.
"O teatro foi muito importante. Sou mestre de cerimônia e trabalho com vídeo. Você acaba atuando no jornalismo, não por falsidade, mas por ser necessário. Estamos em vários lugares e mudamos o tempo inteiro. O jeito que falo no trabalho não é o mesmo que eu falo em casa. O jornalista é uma forma adaptada do ator".
Em "Banheiro de Mulheres", peça que reverterá parte do dinheiro da bilheteria para duas entidades, Juliana vive Maria Fernanda. O papel se trata de um presente do diretor Cláudio Caramante, que escreveu o roteiro a pedido da jornalista. A profissional, que conheceu o colega de teatro por meio de um amigo, acredita que nada acontece por acaso.
"Sempre quis montar um esquete sobre coisas que as mulheres falam no banheiro. Quando conheci o Cláudio, revelei a ideia de criar a peça e abordar a prevenção do câncer de mama. Ele adorou. Disse que iria viajar e voltaria com o roteiro. Quando ele chegou, trouxe algo maravilhoso e me deu uma personagem".
Juliana considera que o fato de ajudar duas entidades por meio da arte é um dos pontos fundamentais e a motiva a continuar nos palcos. A jornalista pretende levar as duas carreiras durante os próximos anos. "O teatro é uma terapia, embora também traga um pouco de estresse. Procuro fazer coisas que eu amo e isso já facilita a vida".

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