Do profissional ao amadorismo - As fronteiras dos Ciberjornalismos

A proliferação da Internet, das potencialidade das Plataformas Digitas, assim como, as redefinições dos contornos do Online Journalim - Como é que a web 2.0 tem vindo a moldar o Jornalismo? - levam-nos nos dias de hoje a outro tipo de conceitos.

Segundo Zamith (2011) as características da internet, assim como a necessidade crescente do cidadão comum ter voz ativa, devido à relativa lentidão de resposta dos media tradicionais, fazem com que novos tipos de jornalismo façam parte de uma discussão académica mais alargada, devido à dicotomia profissional-amador.

Observamos então três grandes grupos de ciberjornalismo, tendo por base a colaboração entre profissionais e amadores, com fronteiras cada vez menos definidas:

Jornalismo Profissional
O ciberjornalismo, tradicional, é entendido como a prática de produção de conteúdos para a Internet por profissionais credenciados, e que têm como principal ocupação o exercício da profissão de jornalista. Logo, Bastos (2011) defende-o como, "jornalismo produzido para publicações na Web por profissionais destacados para trabalhar, preferencialmente em exclusivo, nessas mesmas publicações”.

Já o ciberjornalismo colaborativo ou em rede, é entendido como toda a produção noticiosa que tem a colaboração estreita entre profissionais e amadores. As contribuições dos não profissionais podem  ser como fontes diretas de informação, ou seja, através de comentários deixados nas respetivas plafarmas online dos jornais, permitindo ao jornalista aprofundamento de determinadas matérias.
Silva (2011), assim como muitos outros autores, referem que, para lhe podermos chamar, (ciber)jornalismo esta será a única forma de o cunharmos, visto que, a notícia final terá sempre a intervenção presente e profissional de um jornalista.

Foi necessário, tendo em conta o amadorismo que está envolto o conceito de jornalismo de cidadão, e a falta de consenso no meio académico, distinguir o conceito de jornalismo participativo ou colaborativo do cívico ou amador, porque este último é produzido para a internet por não profissionais, que, claro está, não fazem do jornalismo atividade principal.