Os docentes do campus Araguaia, em virtude das recentes reformulações estruturais organizativas, como a que extingue os Departamentos (Resolução CD nº 11, 15 e 47/2008, CD nº 03/2009), recusam-se a aceitar as precárias condições de trabalho impostas pelo projeto reformista do ensino superior, através dos programas de expansão (via Reuni) e vários outros atos verticais do MEC, empregados pela Administração Superior da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, que os coloca em cargos administrativos, bem como em salas antipedagógicas e, em alguns casos, salas abarrotadas de estudantes, impondo horários excessivos de trabalho, diminuindo significativamente as possibilidades de alternativas para um ensino diverso e de qualidade.
Mais uma vez o teor da proposta da Pró-reitoria e reitoria, demonstra a clara intenção de maximização da força de trabalho dos docentes, e ao mesmo tempo põe em risco o equilíbrio do tripé ensino, pesquisa e extensão, inviabilizando a capacitação docente, o avanço da pós-graduação e o estímulo à pesquisa. A proposta fere conquistas históricas da categoria, como a LDB nº 9394/1996, que garante as condições mínimas para o os encargos didáticos no ensino e não traz prejuízos às demais atividades acadêmicas.
Para tanto, manifestamos aqui total repúdio à iniciativa da Pró-reitoria e reiteramos a possibilidade de manifestarmo-nos paralisando o campus Universitário do Araguaia caso haja continuidade dos ataques estrategicamente engendrados à categoria docente com as ameaças desta proposta.
NENHUM DIREITO A MENOS! AVANÇAR NAS CONQUISTAS!
Assinam esta Carta Manifesto professores(as) da UFMT - Campus Araguaia.