Documentário de egressos de jornalismo UFMT Araguaia é selecionado para compor plataforma de cinema cultural
Cinema
Documentário, “Território: Nosso Corpo, Nosso
Espírito,” produzido por estudantes da UFMT Barra do Garças representa o estado mato-grossense em catálogo em plataforma de cinema.
Redação
Marcos Antônio
“Ter essa mostra online é uma oportunidade para conhecer um pouco mais da cultura do Povo Xavante,” afirma a produtora Clea Torres - Imagem: reprodução. |
O documentário “Território: Nosso Corpo, Nosso Espírito,” produzido pelos estudantes egressos da UFMT, Araguaia, Clea Torres e João Rocha, estreou no mês passado na plataforma do Itaú Cultura Play, que traz produções gratuitas e dedicadas a criações nacionais.
A produção fílmica é o resultado do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos estudantes da
graduação em jornalismo na Universidade Federal do Estado de Mato Grosso,
Campus Araguaia, Unidade II (UFMT/CUA), em 2019, orientado pelo professor
Gilson Costa.
A película trata do protagonismo
das mulheres, sobretudo da etnia Xavante, na busca por direitos e demarcações
de terras dos povos indígenas. A produção
cinematográfica entra como único filme mato-grossense selecionado para fazer
parte do catálogo do site Itaú Cultura Play, na sessão “Questões Indígenas”.
O documentário realiza cobertura do Acampamento Terra Livre em Brasília na luta por direitos as mulheres Xavantes - Imagem Clea Torres. |
O documentário é uma parceria com
o Núcleo de Produção Digital (NPD) da UFMT, Campus Araguaia, e a Namunkurá
Associação Xavante (NAX). A produção dá destaque para o ‘protagonismo das
mulheres indígenas’ do Acampamento Terra Livre (ATL/2019) em Brasília, e da
aldeia Xavante Namunkurá, de São Marcos, em Barra do Garças.
O curta metragem com duração de
27 minutos ressalta os discursos das mulheres Xavantes, com liderança nas
comunidades que pertencem e fora dos seus territórios na frente da luta indígena.
A produção dos estudantes
egressos da UFMT, com pouco mais de dois anos, mereceu reconhecimentos
do universo do cinema, com Menção Honrosa no Cine Fest São Jorge2020 e na 9° Mostra Ecofalante de 2020,
integrando as mostras SaranCINE 2021, na cidade de Juiz de Fora (MG) e Cine
Kurimin de 2021, em Salvador. Eventos que, por consequência da pandemia da covid-19, foram realizados de forma remota.
Produção do documentário
Segundo Torres e Rocha, a ideia para a criação do documentário floresceu a partir do contato com a cultura Xavante, após participação em trabalho de extensão no Núcleo de Produção Digital da UFMT.
Como destaca Lea Torres, em
parceria com João Paulo, trabalharam “em outros projetos com o povo Xavante. Em
2017, nós, em conjunto de mais dois colegas, fomos vencedores no Prêmio Jovem
Jornalista do Instituto Valdemir Herzog. A nossa pauta era sobre a violência
contra a mulher Xavante”.
Então com a chegada do tão
aguardo Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) não tiveram dúvida sobre o tema a ser explorado. Como afirma Rocha, então
a dupla começou a produção do documentário em abril e conclusão em setembro de
2019.
O destaque do documentário leva
os produtores à conclusão de que “as pessoas estão cada vez mais dando atenção
para as pautas dos povos indígenas. ” Torres acrescenta que a esperança é que o
documentário tenha ainda mais visibilidade, e esteja brevemente nas escolas,
nos cineclubes e principalmente circulando nas aldeias.