Programa de pós-graduação do Campus Araguaia, pioneiro na UFMT recebe estudante da Venezuela em convênio com a OEA

Mestrado

Agência Focaia
Redação
Adailson Pereira


     Fotos: Adailson Pereira/Vasco Aguiar
Um dos laboratórios para pesquisa de mestrado em Ciências de Materiais da UFMT/CUA,  
em Barra do Garças (MT)


O programa de mestrado em Ciência de Materiais (PPGMat) começou a ser ofertado na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia (UFMT/CUA), em 2010. A área de concentração é em materiais funcionais.  O curso de pós-graduação, vinculado ao Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET) é pioneiro nas regiões Centro-Oeste e Norte do país, além de ser o primeiro nos campi da UFMT.

O mestrado foi fundado por professores dos cursos de Biomedicina, Física e Química. De acordo com o coordenador do PPGMat, Ricardo Stefani (foto ao abaixo) , é um mestrado interdisciplinar que atende químicos, físicos, engenheiros, biomédicos e farmacêuticos que podem atuar em qualquer uma das áreas multidisciplinar.

Ao todo, o mestrado conta com seis linhas de pesquisas, são elas: Materiais nanoestruturados, Nanoestruturas, Propriedades elétricas e ópticas de filmes ultrafinos, simulação de materiais, química supermolecular, e, por fim, a linha de Ensaios biológicos. 

O ingresso

O concurso para ingresso no programa é anual e no total, são disponibilizadas de dez a treze vagas, dependendo da demandaO edital abre no mês de agosto, no site da UFMT e a seleção, segundo o Stefani ocorre nos meses de novembro a dezembro.

Sobre algumas pesquisas em destaque, Stefani relata a pesquisa dos professores Josmary Rodrigues da Silva e Nara Cristina de Souza, com materiais nanoestruturados filmes ultrafinos. 

Ricardo Stefani reconhece que a pesquisa que atua também tem muita relevância, “simulação e filmes inteligentes para alimentos”. Ele destaca o desenvolvimento de um filme polimérico biodegradável que muda de cor, de acordo com a condição do alimento. “Se o alimento estiver com algum problema, o filme muda da cor violeta para o avermelhado, baseado na diferença do potencial hidrogeniônico (pH)”.  Stefani revela ainda que o leque é amplo, e recebem bastantes estudantes de fora, como por exemplo, Rondônia, Goiás, Santa Catarina, Pernambuco.

O coordenador do programa relata que o mestrado atualmente conta com 13 bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). “Normalmente por ano a gente consegue ter disponível de seis a sete bolsas”, analisa.

Em sete anos de mestrado em Ciências de Materiais (2010-2017), da UFMT Campus Araguaia, foram formados 57 mestres. 

Internacionalização

O PPGMat começou a internacionalização, como afirma Stefani, estudantes de outras países passaram interessar pelo programa. Segundo ele há no mestrado um aluno estrangeiro, veio da Venezuela, através de um convênio com a Organização dos Estados Americanos (OEA).