JEROSY PUKU

Gilmar Galache | Jerosy Puku: Cerimônia do Milho Branco | Aldeia Panambizinho, Mato Grosso do Sul | 2010 | www.ascuri.org
IZAQUE JOÃO

Jakaira ojaty jave he’i aiporami he’i: eretyarõ arã aiporupi he’i, nderekuarã ha ereikuaa va’erã apyre’? peve guarã he’i Jakaira [jakaira, no exato momento da plantação, disse: desenvolve como pode, mas seufuturo você sabe é infinito e assim vai ser] conta Luiz Aguja, xamã da aldeiaPanambizinho. Muitas famílias tradicionais de Panambi e Panambizinho, em Dourados, Mato Grosso do Sul, relembram como era a organização dos Kaiowá no grande espaço do território conhecido por Ka’aguyrusu, bem como na vida cotidiana. As famílias recordam as festas de rituais importantes que reuniam grande número de pessoas, em diferentes locais, anualmente.

tekoha guasu, o grande território onde os Kaiowá desenvolviam suas relações sociais, era coberto de mato verde (ka’aguy), com variados recursos para sua sobrevivência (caça, pesca, coleta, etc.). Rusu define o grande espaço sem barreira física que favorecia os Kaiowá a viverem de acordo com as leis do seu próprio sistema tradicional, fundamentado a partir das normas de parentesco e de aliança política. Isso significa que no período do Ka’aguyrusu, cada grupo de parentes era liderado por um grande xamã, sendo as unidades de espaço cobertas de vegetação variada. Para ter acesso a esse local e fixar o grupo, era necessária sua inspeção pelo líder espiritual, antes da ocupação, para constatar se o espaço era apropriado para morar e desenvolver suas atividades.

Leia na íntegra o artigo publicado no site da Revista Piseagrama.
Assista ao vídeo Ongusu Porahei Ha Kotyhu - Cantando e Dançando na Casa de Reza Kaiowá: