Greve
Raissa Ali
Professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) se
reuniram na manhã desta sexta-feira (21) para debater as propostas encaminhadas pelo
Ministério da Gestão e da Inovação (MGI), na negociação com a
categoria, de modo a decidir sobre a manutenção da greve ou encerrar as
mobilizações, com retorno às aulas.
A assembleia, convocada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (Adufmat), teve como o objetivo debater com as bases da categoria as disputas em torno das reivindicações dos professores das instituições federais com o governo. Na reunião, portanto, a questão principal foi a deliberação da categoria referente à UFMT sobre as mobilizações, quanto à manutenção da greve ou mesmo o fim das paralisações.
Professores da UFMT, Campus Araguaia participam de Assembleia, na qual a categoria que reúne os quatro campi da universidade mato-grossense decide pela continuidade da greve - imagem Raissa Ali |
Ao final do debate que a Agência Focaia acompanhou, por
unanimidade, a categoria optou pela manutenção da greve, considerando que as propostas do governo já recusadas pela categoria não mudaram desde o início das negociações, e, como avaliam, não atendem às reivindicações apresentadas. Como avaliam
os docentes da UFMT, neste cenário não haveria razão para concordar com as
ofertas apresentadas pelo MGI.
Como publicado no site no final do dia, a Adufmat descreve que "as principais deliberações desta sexta-feira foram a indicação ao Comando Nacional de Greve do Andes-Sindicato Nacional pela rejeição à proposta de acordo do Governo Lula e continuidade do movimento paredista".
A decisão da categoria, após a reunião dos docentes da UFMT, será encaminhada ao CNG (Conselho
Nacional de Greve), que será incluída às deliberações da demais instituições filiadas ao Andes
(sindicato nacional dos docentes das instituições de ensino superior), de modo
a nortear os próximos passos do conselho.
Decisões pelo Brasil
O resultado das assembleias nos demais estados demonstram
divisão entre as bases dos sindicatos regionais. Parte das categorias decide por continuar em
greve, mas há docentes em assembleias que votaram em favor do retorno às atividades acadêmicas,
portanto, com planejamento estabelecido sobre a volta às aulas.
Conforme publicação pelo Jornal O Globo, as universidades Unifesp, UnB, UFBA, UFPR, UFABC, UTFPR, UFRPE, UFRB, UFFS e UFVJM já sinalizaram datas para a volta às atividades nos campi. Nesta mesma decisão, mas numa política de retomada das aulas em conjunto, reunindo as universidades ligadas ao Andes, estão as instituições UFRRJ, UFPB, UFMS, UFSJ.