Conselho da UFMT Araguaia retoma debate sobre emancipação do Campus para criação da UFAR

Política


Evellyn Giovanna 

O Campus Universitário do Araguaia retoma a discussão de sua independência da Universidade Federal de Mato Grosso. Em 2021 foram apresentadas propostas de projeto de lei e movimentações políticas de parlamentares do Estado de Mato Grosso que propõe a criação da Universidade Federal do Araguaia (UFAR), e desmembramento da UFMT. 


Na última reunião do Consua, ocorrida dia 14 do mês passado, a Comissão Especial apresentou o relatório que traz informações que poderão subsidiar as decisões da comunidade acadêmica sobre o assunto em relação aos impactos e possibilidades de criação da UFAR.    


“A comunidade universitária está discutindo a emancipação do campus, é um assunto que impacta a coletividade, há favoráveis e contrários sobre a criação da Universidade Federal do Araguaia. As opiniões ainda estão em ampla discussão dentro da UFMT, envolvendo professores, servidores técnicos e estudantes,” avalia Gilson Costa, membro do Conselho Universitário do Campus Universitário do Araguaia (Consua).

  

Ele ainda destaca que o debate levará tempo porque será necessário aprofundamento do ponto de vista científico, tecnológico, de extensão e fortalecimento da instituição.

 

O primeiro Campus a emancipar da administração da UFMT Cuiabá ocorreu em 2018, quando foi criada fundação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), motivando debate no Araguaia.   


Diante disso, o Consua iniciou um debate a respeito do tema a fim de planejar ações para caminhar em direção à criação da nova universidade. Para isso, o Conselho formou uma Comissão Especial para realizar estudos e sistematizar informações que subsidiem o debate a respeito da emancipação.



Criação da Universidade Federal do Araguaia deve ser discutida entre os estudantes por meio de assembleia extraordinária - imagem Cristiano Costa. 


A proposta de criação da nova universidade considera o favorecimento de maiores apoios financeiros, vindos diretamente do governo federal, o que deve proporcionar um crescimento e expansão mais acelerado do Campus. A possibilidade de criação da UFAR deve ser discutida em toda comunidade entres os discentes, docentes e servidores técnicos.

  

De acordo com Leonardo Santos, membro da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), a associação não está fechada ao debate, mas acreditam que a emancipação não resolverá as dificuldades existentes no campus, “a criação da UFAR pode dificultar ainda mais os problemas, se não for acompanhada do devido financiamento e apoio,” afirma. 


Entre os discentes o debate deve ser proposto pelo Diretório Central Estudantil (DCE). Marcelo Borges, vice-presidente do DCE, destaca que a discussão não é do conhecimento de toda comunidade acadêmica.  


Para ampliação de discussão discentes, após aprovação do segundo relatório elaborado pela comissão especial no Consua, Borges será feita ampla discussão do assunto em uma assembleia universitária.