Visita do Ministro da Educação amplia discussões a respeito da emancipação da UFMT os campi de Sinop e Araguaia
Política
Luiguy Kennedy
Em visita à UFMT Sinop, nos dias 29 e
30 de setembro, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, discutiu a respeito da
emancipação do campus, com a possível criação da Universidade Federal Norte do
Mato Grosso (UFNMT). O evento foi realizado na câmara municipal de vereadores e teve a participação de diferentes lideranças, entre elas o reitor da Universidade
Federal do Mato Grosso (UFMT), professor Evandro Soares da Silva, representantes da sociedade civil, deputados
estaduais, federais e senadores.
O campus de Rondonópolis, como Campus da UFMT, foi o primeiro a passar por esse processo de emancipação. A Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) foi instituída através da lei Nº 13.637 de 20 de março de 2018. O projeto de criação e implantação foi apresentado à universidade em 2008. A justificativa para sua criação, apresentada no documento, era “a necessidade de atendimento as demandas locais e regionais decorrentes do crescimento econômico e tecnológico da região sudeste do Mato Grosso.” Hoje, a UFR possui cerca de 4 300 estudantes em 19 cursos regulares.
Em tramitação no senado, o projeto de lei nº 4.812 de autoria do Senador Carlos Fávaro (PSD/MT), com o intuito de emancipar o campus universitário de Sinop da UFMT, criando a Universidade Federal Nortão do Mato Grosso (UFNMT).
O senador que também é autor do Projeto de Lei n°4.810, de outubro de 2020, que visa a viabilização de recursos e implantação da Universidade Federal do Araguaia (UFAR), que terá como sede a cidade de Barra do Garças.
O projeto para criação da UFNMT tem o apoio de diversos agentes políticos e do pró-reitor do campus, professor Fábio Lourenço, que em entrevista à Agência Focaia, afirmou que “O projeto teve aval do Ministério da Educação (MEC) e aguarda posicionamento do Ministério da Economia (ME)”.
Segundo ele, já foram realizadas duas audiências públicas para tratar do assunto, envolvendo a comunidade acadêmica e autoridades políticas e a haverá uma terceira, voltada para entidades civis organizadas prevista ainda para este mês.
A seguir a entrevista com o
pró-reitor do Campus de Sinop, Fábio Lourenço, entre outras que serão realizadas com autoridades e membros da comunidade acadêmica dos campi, na cobertura sobre discussões em torno da emancipação administrativa dos campi da UFMT.
Focaia - O Campus Universitário de Sinop está discutindo na comunidade a separação da administração da UFMT, tornando-se uma universidade independente, como está este processo?
Pró-reitor Fábio Lourenço - Sim. A proposta de emancipação do Campus de Sinop é tão antiga quanto sua existência no município de Sinop. O projeto já teve aval do Ministério da Educação (MEC) e aguarda posicionamento do Ministério da Economia (ME). A discussão ocorre junto à comunidade em geral em audiências públicas realizadas, geralmente, na Câmara Municipal de Sinop. Também são realizadas discussões com as entidades civis organizadas do município e região, bem como com a Comunidade Acadêmica por meio de seus representantes.
O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, realizou visita no Campus no dia 29 e 30 de setembro, trouxe a discussão a respeito do desmembramento. O que foi discutido? Ou decisão foi tomada?
Foi apresentado ao Ministro Milton Ribeiro o Campus Universitário de Sinop, bem como a proposta de emancipação e suas vantagens para o Campus. Nenhuma decisão foi tomada.
Neste sentido, quantas reuniões entre a comunidade foram realizadas?
Já foram realizadas duas audiências públicas, havendo a previsão de uma terceira até o final de 2021. Também foram realizadas duas reuniões com entidades civis organizadas. A discussão com a comunidade acadêmica ocorre por intermédio dos representantes do CONSIN, Conselho Administrativo e Acadêmico do Campus Universitário de Sinop, o qual recolhe as proposições e apresenta em suas reuniões ordinárias, extraordinárias ou, ainda, em reuniões de trabalho que ocorreram ao longo de 2021 e irão ocorrer durante todo o processo.
Há apoio político para a propostas? De quais parlamentares?
Sim. Senadores Wellington Fagundes (PL/MT) e Carlos Fávaro, autores dos projetos de lei 6640/2006 e 4812/2020, deputados federais Juarez Costa (MDB/MT), autor do projeto de lei 1699/2021, José Medeiros (PODE/MT) e Professora Rosa Neide (PT/MT). Há amplo apoio dos prefeitos e vereadores do município e região, que inclui o Norte de Mato Grosso e o sul do Pará.