Apenas um candidato se apresenta na consulta eleitoral para diretor do Instituto de Ciências Humanas e sociais da UFMT Araguaia


 Eleições

 

Agência Focaia

Redação

Luara Romão


A comunidade acadêmica do Instituto de Ciência Humanas e Sociais, da UFMT, campus Araguaia, que reúnem os cursos de Jornalismo, Letras, Geografia e Direito, realiza consulta eleitoral na próxima quarta-feira (26) para escolha do novo diretor do ICHS. Será mais um processo de votação a ser realizado pela internet, como ocorreu na composição da lista tríplice para reitor, decidida no Colégio Eleitoral Especial, devido à pandemia da Covid-19.

Neste processo, a consulta eleitoral passa pelas etapas de inscrição, período de debates, votação e homologação pela congregação, na qual participam coordenadores dos quatro cursos, representantes docentes, servidores técnicos e discentes. A atual diretora do Instituto Lennie Bertoque encerrou seu mandato em junho, mas aceitou prorrogação até o mês de agosto para que houvesse análise e definição interna do processo eleitoral neste período de isolamento social.  

“Essa discussão de forma institucionalizada cabe à Congregação do ICHS. Em duas reuniões seguidas ficou decidido que haveria a consulta eleitoral e foi estabelecido um prazo”, informa o presidente designado da Comissão Eleitoral, Valfredo Andrade de Aguiar Filho, docente do curso de Direito.

Comunidade acadêmica do Instituto de Ciência Humanas e Sociais, do Campus Universitário 
do Araguaia, realiza consulta eleitoral para escolha da nova direção do ICHS – Imagem: 
Arquivo Focaia

 

A consulta será realizada com candidato único Adam Luiz Claudino de Brito, que atualmente responde pelo cargo de gerente de ensino de graduação e extensão UFMT/CUA. No período de apresentação de candidatura não surgiu um segundo nome para concorrer com professor do curso de direito UFMT/CUA, para direção do instituto, que, se eleito, assumirá o cargo por período de quatro anos (2020- 2024).

Valfredo Andrade destaca que a comissão se preocupa com as questões regimentais e a pouca manifestação de candidatos entre os docentes do instituto é uma questão interna dos docentes do ICHS.

“É óbvio que um processo eleitoral não é apenas a escolha, a designação de nomes a serem postos em determinados cargos, envolve a montagem de um projeto, de um planejamento para o tempo do mandato. Porém, perceba que essa é uma discussão que vai muito além das atribuições de uma Comissão Eleitoral”.

 

Sem concorrência

Para Adam Luiz essa a falta de concorrente na campanha de consulta à direção ICHS é mais complexa, visto que não ousa dizer estar surpreso pelo fato de ser candidato único, já que “a decisão tomada em participar de um pleito eleitoral, como é o caso do processo eleitoral para escolha da nova Direção, de um Instituto de uma Universidade Pública, requer um juízo de valor por parte das pessoas legitimadas a concorrerem a esses tipos de cargo na Universidade. Entendo que esse juízo de valor recai sobre circunstâncias da vida pessoal de cada servidor, mas que também podem ser de ordem profissional e social”.

Quanto a decisão de participar da consulta para escolha do novo diretor do instituto, Adam Luiz diz que é necessário mesmo avaliar com cautela, observando “que o exercício de qualquer cargo de gestão nos espaços da Universidade Pública é um desafio a ser vencido/superado sob vários prismas.”

O eleito, diz ele, dever fazer valer sempre dos valores democráticos precípuos de formação/construção da Universidade Pública; de saber conciliares os diversos posicionamentos e interesses legítimos em prol do bem coletivo; da busca de soluções acadêmico-administravas em razão das constantes “restrições orçamentárias”.

Adam Luiz acrescenta, “no meu caso, entendo ser possível o exercício da docência com as atividades de gestão, e afirmo ter disposição para atuar perante as questões acadêmicas e político-administrativas do ICHS/CUA,” argumenta.

Ao longo da semana o candidato participou de apertado cronograma de reuniões virtuais, com os colegiados dos respectivos cursos que formam o ICHS.

As eleições do ICHS seguem a alternativa encontrada pela universidade para trocas na gestão pública, causando questionamentos pela comunidade acadêmica da universidade mato-grossense, sobre os prazos para debate entre os candidatos e apresentação de propostas.  

Como avalia o presidente da comissão, sem possibilidade de consulta presencial, não sobra muitas alternativas nos tempos atuais, a não ser a realização de campanha, debates e votação por meio das tecnologias digitais.

Diante do impasse, indaga Valfredo de Andrade, “é possível à realização de uma consulta em um período de pandemia?” Ele mesmo responde com outra pergunta, “se a resposta for não, então como ficam os cargos que possuem mandatos? Pessoalmente acredito que não resta outra escolha a não ser aceitar o sistema online, buscando sempre a lisura e segurança do procedimento”.

Indagado sobre a possibilidade de o eleitor perder o interesse pela votação virtual, diante da falta de concorrentes, o presidente da comissão eleitoral diz estar confiante no processo eleitoral e no seu resultado.

“É preciso que a comunidade entenda que não é “Zezinho” ou “Mariazinha” que assumirá o cargo, mas a comunidade. Trata-se de um cargo representativo, logo a comunidade deve participar dos debates, participar das discussões, da formulação do projeto de gestão, e após o início do mandato existir a fiscalização e a cobrança de respeito ao projeto”.

 

Calendário consulta em agosto

25 – 2º debate virtual

26 – dia da votação - das 9h – 21h

27 – Divulgação do Resultado.

Quem vota: professores, servidores técnicos e estudantes dos cursos  que integram o Instituto de Ciências Humanas e sociais (ICHS), formado pela graduação em Jornalismo, Geografia, Direito e Letras.