Sintefarma comemora os 20 anos do curso de Farmácia e professores relembram os desafios para sua implantação no Araguaia
Evento
Agência Focaia
Redação
Jennifer Lima
Júlia Tinan
Nathália Gonçalves
Foto: Vasco Aguiar
Eleomar Vilela de Moraes, doutoranda em
Ciências da Saúde pela UFG, ministrando minicurso sobre práticas de
auriculoterapia, durante o Sintefarma
Com
o intuito de incentivar discussão sobre a atividade do farmacêutico na região
do Araguaia e trazer trocas de experiências entre alunos e professores do
curso, a Universidade Federal de Mato Grosso, Unidade de Barra do Garças,
realizou o Simpósio de Integração Farmacêutica (Sintefarma). O evento que teve
início na quarta (5) e se estendeu até esta sexta (7) também comemorou os 20 de
anos de suas atividades acadêmicas, no Campus Araguaia.
Segundo
a organização, o Sintefarma contou com aproximadamente 80 inscritos, entre
graduandos e egresso do curso de Farmácia, que participaram de minicursos,
palestras e mesas-redondas.
A
estudante do sétimo período da graduação de Farmácia, Thaisa Cimardi, foi umas
das que estavam presentes em um dos minicursos oferecidos, o de “Práticas
integrativas e complementares no SUS”, ministrado pelo professor do curso de farmácia
na UFMT/CUA Olegário Toledo.
Ela
diz que seu interesse é pela saúde, entre outras áreas disponíveis na graduação.
Como afirma, sua escolha “possibilitará atuar em diversos segmentos, como
pesquisas, análises clínicas e estética”.
Sobre
o Simpósio, avalia que a participação agrega conhecimento, auxiliando tanto na
formação de um futuro profissional quanto, na constituição de um bom currículo
profissional.
A
diretora do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Eliane Augusto
Ndyaie ressalta a longa jornada percorrida para o início do curso na região.
“Esses 20 anos refletem o esforço, docente, discente e administrativo, para
chegarmos ao lugar que estamos agora”.
20 anos de história
Um
dos palestrantes, o Professor Olegário Toledo (UFMT/CUA), ao analisar a
história do início da graduação em Farmácia no Araguaia, relembra que existiram
disputas políticas na universidade para a implantação do curso no interior.
‘’Existia
a resistência para a criação do curso por parte de Cuiabá, por acharem que a
sede deveria receber o curso antes do Campus do interior” . Acrescenta ainda que,
com a vinda da graduação, os donos de farmácias de Barra do Garças ficaram
receosos de que “apenas quem tivesse diploma poderia ser farmacêutico”. ironiza
Após
o manifesto feito pela maçonaria de Barra do Garças e o apoio do Conselho
Federal de Farmácia, Toledo afirma que conseguiram implantar o curso no Campus
do Araguaia.
A
diretora do ICBS, narra que ao entrar no curso de Farmácia em 2004 haviam
poucos professores. “Pra quem começou o curso no Pontal [do Araguaia] e veio
pra cá, aqui melhorou em tudo. Os laboratórios, infraestrutura, quadro docente
melhoraram bastante”. Destaca.
