Estudantes da UFMT/CUA, recém-formadas na graduação e iniciantes no mestrado de reconhecidas universidades brasileiras, revelam os caminhos da aprovação

Pós-graduação

Agência Focaia
Redação 
Letícia Leite                                          
                 Foto: rede social                                                                  
O mestrado é um dos sonhos de muitos graduandos. É um passo a mais para na formação acadêmica. No ano de 2018, três estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, concluíram a graduação e iniciaram o mestrado.

Para saber mais sobre essa experiência e o processo de seleção, o Focaia entrevistou os mestrandos, que conseguiram seus diplomas de graduação na universidade mato-grossense do Araguaia.

Larissa Franco  cursou biomedicina e atualmente faz mestrado em parasitologia na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); Francielle Marques (foto ao lado na UFRGS, onde faz mestrado) cursou ciência da computação e foi aprovada para o mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Jéssica Bezerra de Oliveira graduou-se em Agronomia e iniciou o mestrado na Universidade de São Paulo (USP).

Larissa conta que, o seu foco sempre foi pesquisa científica. Então, a partir do segundo ano do curso, iniciou os preparativos para o mestrado. Ela conta que investiu na UNICAMP, por ser uma instituição conceituada no mercado de trabalho.

“Sempre houve o desejo de continuar ampliando meu leque de conhecimento”, diz Francielle. Pensando nisso, o mestrado foi uma oportunidade de dar essa continuidade. Além disso, a iniciação científica fez com que o desejo aumentasse.

Jéssica demorou um pouco mais de tempo para decidir dar um passo à frente e enfrentar uma pós-graduação. Somente se decidiu no 6° semestre do seu curso de Agronomia. Pensando nisso, adiantou o seu Trabalho de Conclusão de curso (TCC), deixando os últimos seis meses livres para estudar e se dedicar aos processos seletivos.

Larissa e Jéssica adiantaram o trabalho de conclusão de curso (TCC) para que o último ano fosse mais calmo para estudar.

As três estudantes passaram na primeira tentativa de ingresso no de mestrado. A estudante Larissa prestou vestibular apenas para Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que fica no interior de São Paulo. Francielle conseguiu média em 4 Universidades federais, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a UFRGS, na qual optou por fazer o curso de mestra. Jéssica passou em 3 universidades federais, Universidade Federal de Goiás (UFG), UFMT e em sua atual Universidade, a USP.

Nem tudo foi somente tranquilidade a comemorações, elas também enfrentaram desafios. Como contam, foram necessárias horas de estudo, dedicação nas aulas, programação rígida. Como destaca Larissa, como “no Sudeste as universidades são muito concorridas, tive de me empenhar e fazer o possível pra não perder as datas”, por esta razão o adiantamento de colação de grau na graduação. 

Processo Seletivo 

A seleção de Larissa ocorreu em duas etapas, como conta. Primeiramente a prova discursiva,  quando é necessário obter pontuação acima de 7 iriam para a próxima fase.

A segunda fase consiste em avaliar o currículo e o projeto de pesquisa. Somente os que tirassem nota acima de 5 pontos, ingressam no programa de pós-graduação na UNICAMP.

Francielle afirma que na área de computação, há uma prova unificada para o processo seletivo na Pós-graduação em Computação (POSCOMP), que é realizada anualmente em todo o país, tanto para mestrado, quanto doutorado. A prova é realizada no local mais próximo de onde reside.

A aprovação é dada pela média nacional, conta Francielle. Os estudantes aprovados acima da média têm possibilidade de submeter à nota nas universidades que utilizam esse pré-requisito no processo seletivo.

Jéssica, por sua vez, revela que o processo de seleção de pós-graduação para agronomia da Universidade de São Paulo é feito por análise de currículo, análise do histórico escolar, teste de proficiência e prova de conhecimentos específicos. 

Expectativas 

Larissa diz que espera ser contemplada com bolsa auxílio, hoje depende dos pais para se manter na pós-graduação e ressalta que “não há possibilidade de emprego, pois estudo em tempo integral.” Além disso, seu foco após o mestrado é iniciar o doutorado e pós-doutorado, com parceria com outros laboratórios, fora do Brasil.

Francielle, na pós em Ciência da Computação, também se mostra otimista na sua caminhada científica. “As expectativas são boas, será uma experiência gratificante, e posso obter experiência com o que me identifico, inteligência artificial”. Ela afirma que, após o mestrado, pretende iniciar o doutorado, se especializar em sua área e obter experiência no mercado de trabalho.

Jéssica quer se aprofundar mais no mestrado, “produzir algo útil para a agricultura no geral, que tenha respaldo e seja de grande relevância”.  Para o doutorado, que ainda está mais à frente, não se decidiu qual rumo tomar, mas diz que é uma possibilidade “quero seguir carreira acadêmica”, revela a aluna da USP.