Cinco décadas após fim de segregação, aumenta número de jovens 'birraciais'

Cor de pele nos EUA, como no Brasil, é autodeclarada. Mas, no país, a tendência é que pessoas com ancestralidade negra -mesmo longínqua ou parcial- se declarem negras e assim sejam vistas.


James Meredith, primeiro aluno negro da Universidade de Mississippi, é escoltado por policiais em seu 1º dia de aula

Nos formulários em que se indaga a cor de pele, as opções costumam ser "branca", "negra", "hispânica", "asiática", "indígena", "ilhéu do Pacífico" (havaianos) e "outros". Só o Censo abre espaço para os que relatam pertencer a dois ou mais grupos e que são hoje 2,3% da população (os negros são 13,1%).

Não raro, a rigidez da divisão alimenta dúvidas existenciais. O próprio Obama, na autobiografia "A Origem dos Meus Sonhos" e em suas entrevistas para a biografia "A Ponte", de David Remnick, confessa que, tendo sido criado pelos avós brancos em um lugar isolado da tensão racial americana, o Havaí, demorou a se identificar como negro. Leia mais no Uol Educação.

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