Caixa de Pandora: cobertura do CB tem sujeito oculto


Desde os primeiros anos do ensino fundamental, estudantes aprendem que orações podem ter sujeito oculto. Oração com sujeito oculto é aquela em que o sujeito da ação não está explícito e sua identificação só é possível graças à pessoa do verbo.
Também é nos primeiros anos do ensino de Jornalismo que o futuro profissional aprende que o sujeito do fato é elemento fundamental da redação jornalística para a compreensão dos acontecimentos. É na faculdade que se aprende a famosa pirâmide invertida, pela qual o repórter deve responder a seis perguntas básicas ainda nas primeiras linhas do seu texto. Quem?, O quê?, Quando?, Onde?, Como? E Por quê?

Na cobertura do recente escândalo de corrupção verificado no âmbito do governo do Distrito Federal, apelidado pela imprensa de "mensalão do DEM", pelo qual o governador do Distrito Federal e pessoas bem próximas a ele são suspeitas de desviar R$ 60 milhões, o Correio Braziliense - CB, principal diário da Capital Federal – com tiragem estimada em mais de 200 mil exemplares – parece ter preferido seguir as normas das escolas fundamentais do que as rotinas jornalísticas. No escândalo da Caixa de Pandora, Arruda virou sujeito oculto.