Medidas de segurança adotadas em na UFMT Cuiabá podem ser estendidas para o Campus Araguaia

Acadêmico

Rafaella Carvalho

 

A série de ações anunciadas pela Universidade Federal de Mato Grosso para reforçar a segurança no Campus Cuiabá reacende o debate sobre a necessidade de melhorias semelhantes na UFMT Araguaia, unidades das cidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Estudantes reclamam de pontos mal iluminados e a Pró-reitoria destaca que está desenvolvendo projetos para a melhoria da segurança do Campus.

 

Entre as medidas já confirmadas para a capital estão a instalação de 66 câmeras de videomonitoramento, um aplicativo com botão de pânico, reabertura de guaritas, revitalização de espaços de convivência e ampliação da iluminação.

 

As mudanças em Cuiabá foram definidas após reuniões com representantes estudantis e fazem parte de uma “Carta Compromisso pela Segurança” com dez propostas prioritárias, anunciadas pela universidade.


Estudantes reclamam falta de segurança na UFMT Araguaia, especialmente a falta de 

iluminação, que gera preocupação quanto aos deslocamentos para atividades no período noturno - 

imagem Cristiano Costa.


 

No Araguaia, estudantes relatam que a falta de iluminação adequada em áreas de acesso, a ausência de vigilância ostensiva e a precariedade do transporte interno aumentam a sensação de insegurança, especialmente no turno noturno.

 

A escuridão em determinados pontos do Campus facilita a ocorrência de furtos, dificulta a identificação de pessoas que circulam pela universidade e amplia o risco de assédio, tornando o deslocamento perigoso para quem estuda ou trabalha no período noturno.

 

Para Alliah Angélica, acadêmica do 5º semestre de Jornalismo, a situação é preocupante. “A precariedade da iluminação no campus faz com que várias áreas abertas, onde não há poste de luz, fiquem praticamente intransitáveis à noite. Nessas condições, não é possível identificar se há animais ou até mesmo pessoas no caminho, o que aumenta muito a sensação de insegurança.”

 

Ela aponta como áreas mais críticas nos arredores do restaurante universitário e da biblioteca. Como destaca, no semestre passado o curso de jornalismo optou por mudar de bloco de salas, que fica perto do restaurante universitário para outro mais próximo da portaria, “justamente para evitar a circulação nessas áreas mal iluminadas durante a noite.”

 

A pró-reitora Paula Carvalho informou que a iluminação já está recebendo melhorias: “Temos um projeto iniciado, em que muitas luminárias já foram substituídas e, na próxima semana, daremos início à instalação de novos postes. Também participamos do projeto do Governo de Mato Grosso e contamos com uma parceria com a Barra Luz para ampliar a cobertura.”


Segundo ela, o campus já dispõe de câmeras, mas ainda não possui equipe de segurança própria por falta de recursos. Enquanto em Cuiabá as obras e ajustes já começaram, no Araguaia a expectativa é que um cronograma mais amplo seja apresentado ainda este semestre.

 

A comunidade acadêmica sinaliza necessidade de investimento em infraestrutura, vigilância humanizada e espaços ocupados por estudantes, que se torna essencial para transformar os Campis Araguaia em ambiente mais seguro e acolhedor.