CPMUA/UFMT obtém equipamento de alta tecnologia para análises químicas voltadas ao campo, indústria e meio ambiente
UFMT/CUA recebe aparelho de Fluorescência de Raios X com apoio da FAPEMAT e realiza atendimento à comunidade regional.
Pesquisa
Maria Eduarda Bonfim
O Centro de Pesquisa Multiusuários do Araguaia (CPMUA), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Barra do Garças, ampliou sua infraestrutura com a chegada de um moderno equipamento de Fluorescência de Raios X (FRX). Os recursos foram viabilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) e posiciona o laboratório como uma das referências tecnológicas da região Centro-Oeste.
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| Prédio do CPMUA na UFMT, Campus Barra do Garças - imagem Maria Eduarda Bonfim. |
Capaz de realizar análises químicas
não destrutivas em diversos materiais, o novo aparelho já está em operação
e disponível não apenas para pesquisadores e estudantes da UFMT, mas também
para a comunidade externa, incluindo produtores, empresas e instituições
interessadas em pesquisas qualificadas.
“Esse
equipamento permite a identificação de elementos químicos com grande precisão,
sem necessidade de destruir a amostra. É uma ferramenta essencial para
pesquisas em diversas áreas e para o setor produtivo”, afirma o professor Jackson
Resende, responsável pelo projeto que viabilizou a aquisição.
Análises com impacto direto no campo, na indústria e no meio ambiente, o FRX tem aplicação em geociências, agricultura, meio ambiente, indústria, arqueologia, entre outras áreas. O equipamento possibilita identificar a composição química de amostras como rochas, solos, metais, pigmentos, resíduos industriais e materiais históricos, o que o torna uma ferramenta versátil e estratégica para diferentes demandas.
Além
das pesquisas acadêmicas, o CPMUA já atende empresas da região. Um dos
contratos em vigor é com a empresa INPASA, do setor de biocombustíveis, que envia amostras para análise periódica no
centro.
“Nosso laboratório é, de fato, multiusuário. Temos parcerias com grupos de pesquisa, mas também recebemos demandas externas, como as análises de solo que iremos realizar em parceira com a TNC Brasil, uma ONG internacional que trabalha em escala global para a conservação do meio ambiente, com embasamento científico, explica Jackson.
Para acessar o serviço
As pessoas interessadas em utilizar os
serviços do CPMUA deve fazer contato por meio do site institucional da
UFMT ou do perfil do centro no Instagram. Após solicitações o Centro realiza
orientações sobre o tipo de análise desejada, explica o processo e informa
os custos operacionais, que variam conforme o experimento.
Os valores são necessários para cobrir gastos com manutenção dos equipamentos, aquisição de reagentes e insumos laboratoriais. “O objetivo é garantir a sustentabilidade do laboratório. A universidade não tem verba suficiente para manter todos os custos, então os recursos arrecadados ajudam a manter o funcionamento dos equipamentos e a continuidade das pesquisas”, esclarece o docente.
Investimentos
em série
Desde sua criação, em 2010, o CPMUA obtém
investimentos em infraestrutura, principalmente por meio de editais públicos.
Com a chegada do FRX, ganha destaque como um dos principais polos de
tecnologia científica de Mato Grosso.
Outros projetos já foram aprovados para
aquisição de novos equipamentos, como cromatógrafos líquidos e
espectrômetros Raman, que devem reforçar ainda mais a atuação do laboratório
nas áreas de nanomateriais, grafeno e caracterização de fósseis.
“Estamos apenas aguardando o repasse da FINEP para que esses novos equipamentos cheguem. Assim que forem instalados, teremos ainda mais capacidade de atendimento e pesquisa de ponta aqui na UFMT Araguaia”, adianta o professor.
