Servidores técnicos das universidades federais realizam paralisação para pressionar governo no cumprimento de acordo

Greve

Raissa Ali

 

Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em educação, das instituições federais de ensino superior no estado do Mato Grosso, (Sintuf-MT), anuncia paralisação da categoria para a próxima segunda (5).

 

A medida é para garantir que os servidores permaneçam atentos à negociação entre o Ministério da Educação (MEC) e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico- Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), que ocorre no mesmo dia, com o objetivo de defender o cumprimento integral do acordo firmado após a greve da categoria em 2024.


 

Membros do sindicato dos trabalhadores técnicos em mobilização na entrada da UFMT 

Araguaia realizada em março - imagem Raissa Ali/Focaia.




O sindicato também informa que fará paralisação em todos os dias que houver negociações entre a Fasubra e o governo federal.

  

Pressão dos sindicatos para cumprimento do acordo 

 

No dia 28 de março o sindicato realizou paralisação geral e um ato em frente à UFMT, Araguaia, unidade de Barra do Garças. Na portaria houve abordagem de membros da comunidade acadêmica com entrega de panfletos sobre a paralisação.

 

No material distribuído à comunidade acadêmica, o sindicato esclarece os motivos do novo movimento de paralisação, que vem um ano após a greve da categoria que durou três meses no ano passado.

 

A categoria destaca que o governo federal não cumpriu sua parte na negociação. "saímos da greve com o acordo, que ainda não foi cumprido, então por isso a gente segue na luta, fazendo pressão para que o acordo seja cumprido," descreve a coordenadora do SINTUF Araguaia, Roneides Freitas.

 

Greve de 2024

 

No ano passado a categoria fez uma mobilização para reivindicar melhorias no plano de carreira e recomposição salarial. A greve técnica durou cerca de 110 dias e foi finalizada após assinatura do acordo entre os sindicatos da educação Sintuf, Andes e Fasubra.

 

Após um ano da paralisação, o sindicato reclama da demora do governo no cumprimento do acordo. A representante local dos técnicos lembra inclusive que o prazo para recomposição orçamentária seria em janeiro e foi atrasada pela demora da aprovação da lei orçamentária de 2025.