Religião
Raissa Ali
A igreja Católica reunirá seus
cardeais nesta quarta (7) para escolha do novo papa, o mais alto cargo dentro
da instituição está vago com a morte do Papa Francisco, em 21 do mês passado.
Por isso, os olhares de todo o mundo se voltam, neste momento, para o Vaticano
para acompanhar a escolha do novo líder religioso.
Um dentre os 133 cardeais, vindos de 70 países, assumirá liderança da igreja católica. No processo de escolha do substituto de Francisco, segundo o religioso da diocese de Barra do Garças, atualmente seminarista em Cuiabá, Alex Machado “não existe nenhum tipo de campanha. O que existe na realidade é, antes do conclave reuniões, como foi acompanhado na mídia, para tentarem ver um perfil do que seria um papa ideal.”
![]() |
Capela sistina pronta para receber os cardeais para o conclave -Imagem serviço de imprensa do Vaticano/reprodução. |
De acordo com Machado, a
representação traçada pelos cardeais é para atender as necessidades da igreja
no futuro mandato, que para isso se fazem perguntas sobre “qual a necessidade
da igreja hoje? Então, que tipo de Papa, qual seria o perfil do futuro Papa?”
Como destaca, durante estes
dias de escolha do novo Papa serão feitas “duas votações de manhã e duas
votações à tarde. No intervalo entre elas existe toda uma oração, uma questão
ritualística que é feita, uma liturgia que é celebrada.”
O perfil do novo Papa pode
impactar não só os fiéis católicos, mas também gerar implicações em diversas
áreas. Nos grupos políticos se especulam sobre o posicionamento da liderança
escolhida, com atenção às suas pautas. Machado avalia que as tentativas de
enquadrar o sumo pontífice em definições como liberal ou conservador são
equivocadas.
O seminarista destaca também
que o papa deve ser próximo de todos, principalmente pela pluralidade dentro da
própria igreja. “De maneira bem concreta, se olhar para a realidade das
igrejas, a gente está falando de tantos ritos, tantas culturas, tantos costumes
diferentes, então é algo muito complexo.”
O conclave tem participação
apenas dos cardeais na votação sigilosa, os quais “podem votar e serem
votados”. Quanto aos fiéis católicos “são convidados a rezarem, pedindo a graça
do Espírito Santo que guia a igreja, que a sua vontade aconteça nesse conclave.”
Previsões sobre escolha dos
cardeais
Apesar das várias tentativas
da opinião pública de prever o resultado da eleição, Machado afirma que é muito
complexo uma previsão, “tanto que, até onde eu me lembro, dos dois últimos
papas, nenhum deles estava contado”.
Quanto a especulações em torno da escolha de um religioso brasileiro, o seminarista avalia que “é muito pouco provável que isso aconteça, mas não é impossível”.
