Após uma semana das mobilizações dos trabalhadores em Brasília, governo ainda não sinalizou sobre reivindicações da categoria
Mobilizações
Raissa Ali
Governo
federal não sinalizou ainda se efetivamente irá atender às reivindicações dos trabalhadores
das instituições públicas, embora tenha passado uma semana das manifestações em
Brasília.
A servidora pública federal sindicalizada especialista em direito previdenciário, Patrícia Peres, avalia a possibilidade de “um novo ato em que todos os sindicatos e confederações e associações vão para a rua não tem nada marcado, o que está se articulando no Brasil todo é atuação forte no congresso para que a PEC 66, que revogou o artigo 40 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, não volte a articular”.
A
PEC 66 é uma proposta de emenda à constituição sobre o orçamento público
que dá ao município um prazo maior de pagamento da previdência do servidor, que segundo Peres grupo de parlamentares trabalha para retornar sua apreciação em "um novo
texto, para que os estados e municípios tenham independência para legislar sua
previdência, inclusive com alíquotas como eles quiserem".
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Centrais sindicais reunidas na capital do país na marcha da classe trabalhadora - imagem
Raissa Ali/Focaia. |
Mobilização dos trabalhadores
Num ambiente de muitas disputas políticas no Brasil, os trabalhadores demonstram a determinação às mobilizações. Como ocorreu em Brasília em 30 de abril, antecedendo o Dia do
Trabalhador que marcou o encontro das centrais sindicais com o presidente Lula
(PT), para entrega de carta contendo 26 reivindicações. Dentre elas o fim da
escala 6x1 sem prejuízo do salário, isenção do imposto de renda fiscal para
quem recebe até R$ 5 mil e revogação do confisco das aposentadorias.
Parlamentares ligados à esquerda compareceram às mobilizações, como ministro do trabalho, Luiz Marinho (PT/SP), a deputada Maria do Rosário (PT/RS), além de outros nomes. O secretário geral da presidência, Marcio Macedo, também participou das manifestações.
Segundo
Rosário, “a luta do povo que faz a história avançar, por isso eu acredito de
verdade que essa marcha fortalece a possibilidade da Jornada 6x1 acabar. A
direita não quer isso de jeito nenhum, então vai ser de novo a nossa luta entre
a civilização, os direitos do povo e essa direita que não quer nada para o
povo”.
Mobilização
à Brasília
O ato
reuniu representações sindicais de todas as regiões do país e de diversos setores de
trabalho. A Agência de Jornalismo Focaia acompanhou as
manifestações em Brasília, com presencia do sindicato dos trabalhadores do
ensino público do Mato Grosso (Sintep - MT).
A
caravana a capital federal também teve a participação de movimentos estudantis,
como a União Estadual dos Estudantes.
Segundo diretor do setor leste mato grossense do UEE, João Matheus Rodrigues “é muito importante lembrar que os estudantes dependem sim das pautas dos trabalhadores. Muitas vezes a gente esquece e invisibiliza a existência de estudantes que têm jornadas duplas e triplas de vida, que precisam conciliar o estudo com o trabalho."
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Caravana reuniu membros do Sintep e estudantes que saíram da cidade de Barra do Garças
(MT) - imagem Raissa Ali/Focaia. |


