Desde 2015, projeto de extensão da UFMT 'He For She' desenvolve pesquisa e debate a violência contra mulher
Universidade
Raissa Ali
As universidades têm um papel importante na discussão de ideias para diálogo com a sociedade. Neste sentido, os chamados projetos de extensão é uma forma de fazer essas discussões que chegue à toda sociedade, de modo expandir o conhecimento sobre assuntos importantes. Nesta reportagem destacamos o projeto “He for She”, que há quase uma década aborda o tema "violência contra a mulher".
Estudantes do curso direito na UFMT-CUA do projeto He for She em atividade na escola estadual Alexandre Leite - imagem Reprodução. |
Segundo o professor “Carinhosamente apelidado de Projeto "HeForShe" (Ele por Ela, tradução livre), nos moldes que acontece hoje surgiu em 2015, seguindo a orientação da chamada da ONU-Mulheres (2014) às instituições públicas e privadas de instituir ações internas de sensibilização de homens para atuar no movimento de defesa dos direitos das mulheres.”
“Assim, a ideia criadora foi aliar o protagonismo estudantil universitário na sensibilização de meninos e homens para contribuir com as mulheres na constituição e defesa dos direitos das mulheres, a partir de intervenções em espaços escolares e da sociedade civil organizada.” apontou o orientador do projeto.
Ribeirto também chama atenção para o ambiente dentro e fora da universidade carente desse tipo de discussão, segundo o professor o projeto é uma oportunidade de trabalhar os direitos das mulheres e como homens podem ajudar a garanti-los em todos os espaços. Por isso, segundo o professor, a extensão é um espaço fértil para essas questões já que permite a troca entre extensionistas (participantes do projeto) e o público-alvo.
Ao ser perguntado sobre os métodos do projeto, o orientador diz que “A extensão pressupõe justamente uma capacidade de adaptação porque ela se faz-fazendo. O método é o dialógico, que permite justamente a troca de saberes, que reconhece os saberes do público-alvo e os aprende, enquanto oferece saberes para que possam ser aprendidos.”.
Como informa, a participação da comunidade acadêmica é livre e basta entrar em contato com algum membro do projeto que inserimos num grupo de comunicação (rede social), que é desenvolvido na unidade de Barra do Garças da UFMT, Araguaia.
A estudante do curso de direito, Nicole Viana, membro voluntária do projeto, diz que atua no projeto como pesquisadora e extensionista. “Após passarmos pela fase de pesquisa, aplicamos esse conhecimento por meio das intervenções. Espaço em que temos a oportunidade de apresentar questões de ordem jurídica, diretamente relacionadas ao tema, nos espaços escolares e da sociedade organizada, sensibilizando e conscientizando.” afirma Viana.
O projeto é importante para toda a sociedade local por ser um espaço seguro de escuta para vítimas de violência contra a mulher. Além de ser um lugar de aprendizado para aprender a reconhecer essas violências. “O projeto atua não somente como um espaço de conscientização, mas também de apoio para as vítimas de violência, um espaço seguro em que elas sabem que serão ouvidas e compreendidas, e não revitimizadas.”
Vista da entrada a UFMT, Campus Araguaia ao lado do planetário na Cidade de Barra do Garças – imagem arquivo Focaia. |