Servidores técnicos encerram greve nas universidades públicas, mas continuam em negociações com o governo

Greve 

Raissa Ali

 

A greve dos servidores técnicos das universidades federais, que se aproximou dos quatro meses, foi encerrada na última terça-feira (2), após acordo entre a categoria e governo federal. A decisão de retorno das atividades nos campi das instituições brasileiras, ocorreu no dia anterior, na segunda-feira (1), em assembleia realizada pela categoria.


A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da UFMT (Sintuf-MT) Luzia Mello, em entrevista à Agência Focaia, explicou como ocorreram neste período as negociações com o governo federal, e, agora, como se será o retorno das atividades.


 "Após mais de 110 dias de greve e idas e vindas nas propostas e contrapropostas nas negociações, chegou-se a uma proposta final que desceu para as bases analisarem, e votar se aceitavam ou não.  A maioria das bases aceitaram, e, então, iniciou-se o processo de assinatura do acordo e retorno das atividades."



Servidores Técnicos Administrativos encerram greve nas universidades públicas, e 

neste momento realizam planejamento para solução de atividades represadas nos campi – 

imagem Agência Focaia.



Sobre o retorno das atividades, a presidente do sindicato afirma que nas negociações de encerramento de greve “está acordado a reposição das atividades represadas. O sindicato e gestão superior das universidades reúnem para construir o plano de retorno." Como destaca, dessa forma, a reposição será definida conforme demandas de cada setor. 


Negociações


Apesar da assinatura da proposta, a sindicalista reforça que nem todas as reivindicações do movimento foram contempladas pelo governo. Como pontua Melo, o acordo "atende 80% da pauta colocada em negociação. Ainda tem parte das negociações que irão continuar,  agora na mesa de negociação setorial,  principalmente as sem impacto financeiro."


Alguns pontos do acordo ainda serão discutidos para decidir quanto a implementação a longo prazo, por isso Melo chama atenção para participação dos servidores nas discussões.


"Muitos itens do acordo terão prazo para serem implementados. E serão constituídos Grupos de Trabalhos com a participação das entidades e governo para dar celeridade para implementação," destaca a presidente do Sintuf-MT.