Com quebra de protocolo, abertura das olimpíadas decepciona; no basquete Brasil perde para os franceses

Olimpíadas 

Maria Eduarda do Bonfim


Depois de muitos anos com abertura em estádios, esse ano a França apostou no destaque dos pontos turísticos fortes, como o Rio Sena para desfile das delegações. Porém, estratégia ofuscou a porta-bandeira e se tornou entediante a apresentação.

 

A preocupação da segurança francesa tirou o brilho das exibições até do público presente às margens do Sena, que teve dificuldades de acesso às arquibancadas populares, acompanhando a cerimônia de abertura mais pelo telão do que assistindo o espetáculo à frente, ao vivo.



Barco da Delegação Brasileira durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpico de Paris 

2024 - imagem Angelika Warmuth/Reuters.



Resumo Olímpico


Após oito anos sem disputar uma olimpíada, o basquete do Brasil retornou ontem (27), no Estádio Pierre Mauroy em Lille na França, mas não passou pelos franceses, com derrota por 78 x 66.  


No jogo que iniciou a trajetória olímpica em Paris e a despedida de Marcelinho Huertas da seleção, o Brasil marcou os quatros primeiros pontos com Marcelinho e ao lado dele, Léo Meindl, que fez dois arremessos de três pontos, e com a defesa segura no primeiro quarto, saindo na frente com 23 a 15. 


Entretanto, no segundo quarto do jogo, Wembanyama utilizou tudo que sabe de basquete, e seus 2,22 cm de altura, para recolocar os franceses no jogo, convertendo as cestas e atuando bem defensivamente, para garantir 39 a 36 para França. 


Com a marcação difícil da França, o técnico Aleksandar Petrovic apostou no seu banco de reservas nomes como Gui Santos, Yago e Benites para buscar no terceiro quarto o placar favorável para Brasil e teve efeito. O Brasil chegou ficar somente quatros pontos de desvantagens. 


No entanto, a defesa francesa continuou a apertar a marcação no último período o que dificultou a vida da equipe brasileira, a qual com sucessivos erros de passes permitiu Nicolas Batum brilhar ao lado de Wembanyama, e serem os cestinhas da partida, os dois com 19 pontos convertidos. 


Pelo Brasil, Leo Meindl e Cristiano Felício foram os melhores, convertendo 14 pontos cada. 


O próximo compromisso da seleção brasileira é contra a Alemanha na próxima terça-feira (30) às 16h horas, no Horário de Brasília. 


Brasil na final


Neste sábado, Diogo Soares garantiu 81.999 pontos na fase classificatória masculina. Após uma boa apresentação, destacando-se no cavalo de alça, Diogo fez 13.100 pontos no solo, 13.600 no cavalo, 13.033 nas argolas, 14.200 no salto, 13.933 nas barras paralelas e 14.133 na barra fixa. 


O brasileiro garantiu posição entre os 24 melhores, classificando para a final, que será na próxima quarta-feira (31) às 12:30, em Bercy Arena, na França. 


Arthur Nory campeão mundial em barra fixa em 2019, por sua vez, despediu-se hoje (27) das olimpíadas de Paris. Após um erro no começo na sua única apresentação, fazendo apenas 12.900 pontos. 


Disputa feminina


A disputa classificatória feminina teve início hoje (28) a partir das 4h30, com a apresentação brasileira às 16h10 com as atletas Flavia Saraiva, Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira e Júlia Soares. 


Na esgrima, Nathalie Moellhausen representa o Brasil mesmo com dores e passando mal durante a prova contra o Canadá.


Atleta revelou que estavam internada até essa sexta-feira (26), mas decidiu sair para disputar a prova de esgrima da olimpíada de Paris. A Nathalie precisou ser atendida durante a competição e voltou para terminar a prova. No entanto, não conseguiu resultado favorável e despediu-se de Paris.


Ela passará por cirurgia para retirada de um tumor com aspectos benigno, na próxima semana


Cachorrão é destaque na Natação


Com o melhor tempo da carreira e recorde das Américas, o Brasil passou perto do pódio nos 400m livre da natação.


Guilherme Costa, que ficou conhecido como cachorrão, era a primeira esperança de medalha para o Brasil. Um dos favoritos para subir ao pódio neste sábado, mas o brasileiro ficou em quinto lugar com tempo de 3min42s76. Com apenas 0s26 de diferença para o bronze. 


Em entrevista concedida aos veículos brasileiros, o atleta disse que acertou a prova quase inteira. “Faltou alguma coisa nos últimos 50 metros, que são meu ponto forte. Durante a prova, eu tinha certeza de que ia chegar em segundo, quando eu vi como a prova estava se desenhando. Acabei não conseguindo fechar da forma como eu sempre fecho. Só sei que não quero sentir isso nunca mais,” afirma.


Fato importante é que com o tempo do brasileiro na disputa dos 400, em outras edições das olimpíadas, o atleta levaria medalha para a casa. Sua emoção após o fim da disputa, foi destaque nas redes sociais, emocionando o público. 


Outro destaque


Pela primeira vez em 76 anos, a nadadora Mafê Costa fez história levando o Brasil para a final dos 400m livre. A nadadora fez o tempo de 4min03s53, o que não foi suficiente para trazer uma medalha para o Brasil.