Servidores técnicos das universidades públicas realizam negociação com o governo e sinalizam greve nacional

Paralisações


Thamires Coelho

 

Os servidores técnicos das universidades públicas intensificam as paralisações, na tentativa reestruturar a carreira e obter reajuste salarial. A categoria considera que os acordos não estão sendo cumpridos e falta abertura de diálogo por parte do governo federal.


A liderança das mobilizações realizada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (FASUBRA). A representação da categoria nas discussões referentes aos servidores da universidade mato-grossense é feita pelo Sindicato dos Técnicos da UFMT (SINTUF).


Luzia Machado de Melo, servidora de Laboratório da Faculdade de Medicina e Diretora Geral do SINTUF, afirma que "as paralisações têm como justificativas as ações para mostrar que nós, enquanto categoria, estamos insatisfeitos com o que está acontecendo."



Prédio do Sindicato dos Servidores Técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso 
(SINTUF), Campus Araguaia, unidade de Barra do Garças - imagem Thamires Coelho.



Ela destacou os desafios enfrentados desde greves anteriores, incluindo a falta de negociações substantivas com os governos anteriores, e expressou preocupação com a falta de progresso nas atuais negociações.


As conversas com o governo neste momento estão divididas em duas mesas. Na mesa setorial, que trata da reestruturação da carreira, foram realizadas várias reuniões, mas o governo indicou que não haverá reajuste no salário base este ano.


Na mesa geral de negociação, que discute o reajuste salarial, espera-se que o governo apresente uma contraproposta, embora haja incertezas sobre o seu conteúdo, com sinalização de não haver reajustes para 2024.


Melo afirma, inclusive, que não havendo negociação com o governo a categoria poderá iniciar greve nacional da educação. "As paralisações fazem parte da mobilização, o que pode levar a uma greve geral; é a negativa do governo em atender nossas demandas e nos enrolar,” levando a categoria, portanto, a aumentar a pressão política.


A categoria mantém discussão na análise das propostas do governo, porém diante do impasse, com indicativo de greve com previsão para o próximo dia 11. Conforme afirma Melo, antes desta data, haverá plenária nacional, realizada remotamente, da FASUBRA no dia 9 deste mês para decidir se haverá, de fato, consenso para uma greve geral.