Neste ano, Brasil pode atingir 70 mil casos de câncer de próstata; a previsão para MT é de aumento nos índices da doença

Saúde


Evellyn Giovanna


O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, para 2023, a incidência de Câncer de Próstata seja de 71.730 novos casos no Brasil. Para a população do estado de Mato Grosso, a estimativa é de que a taxa de incidência da doença na região seja de 1.020 novos diagnósticos neste ano para cada 100 mil habitantes.

 

O alerta do INCA ocorre durante a campanha no mês de conscientização da doença oncológica que ocorre devido ao crescimento descontrolado de células que acabam formando tumores malignos na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. O câncer de próstata atinge principalmente homens na terceira idade com maior incidência de mortalidade após os 60 anos.

 

A ação de conscientizar da população masculina, o “Novembro Azul”, teve início na Austrália em 2003 e, no Brasil, a iniciativa foi criada pelo Instituto “Lado a Lado pela Vida”, em 2011, com objetivo de alertar a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, um dos mais frequentes entre os homens brasileiros de acordo com o INCA. 




Campanha de conscientização sobre o câncer de próstata, realizada no mês de novembro, com alerta 

para a prevenção da doença - imagem reprodução.


 

"Os médicos me perguntaram se eu não queria doar o corpo para pesquisa. Eu respondi que doaria, afinal após a morte o que há de fazer com o corpo ?,” avalia Hilton Santos Souza, empresário da cidade de Aragarças (GO), na região do Vale do Araguaia.

 

Foi em uma consulta de rotina que Souza descobriu o câncer de próstata e, logo em seguida, começou o tratamento. Apesar do quadro avançado do seu tumor, conseguiu realizar todo o tratamento no Hospital do Câncer de Barretos, interior de São Paulo.

 

"Em Barretos você sente confiança porque é um hospital de referência no mundo inteiro. O câncer é uma doença impactante quando você recebe a notícia, mas graças aos avanços [da medicina], a cura é possível.”

 

Durante longos meses de tratamento, Souza fez duas viagens mensalmente à cidade paulista, distante 828 quilômetros de Barra do Garças. “Eu fiz 35 sessões de radioterapia e realizei a cirurgia. No dia 29 de dezembro faz sete anos que fui curado dessa doença,” relata.