Sem empresas interessadas, lanchonetes do Campus da UFMT Araguaia permanecem fechadas

Alimentação

 

Filipe Damacena

Laís Soares

Os estudantes da UFMT no Araguaia, desde 2019 convivem com a falta de uma lanchonete em funcionamento na área interna da universidade. Após o período de pandemia, que durou cerca de dois anos, o setor administrativo da universidade realizou em agosto processo de licitação para empresas interessadas em explorar o serviço, mas nenhuma se manifestou para investimento na concessão.

As duas unidades da UFMT/CUA, Barra do Garças e a Cidade do Pontal, não têm lanchonetes abertas para a comunidade, que usam de serviços informais para os lanches durante os intervalos das atividades acadêmicas. O empresário Geraldo Rodrigues do Nascimento foi o último concessionário a explorar o serviço, que alegando prejuízo desistiu do negócio na unidade de Barra do Garças.

 

Imóvel disponível para lanchonete do Campus da UFMT Araguaia, em Barra do Garças, fechado à espera de empresários interessados na exploração do serviço - imagem Filipe Damascena.


Conforme Rogério Marcondes Noleto, do setor administrativo da instituição, o processo de licitação retornou ao final do seu prazo sem interessados. O edital foi publicado no diário oficial dia 9 de agosto, para apresentação de propostas até 25 do mesmo mês. Como adianta Noleto, a situação é diferente dos outros anos, quando houve interesse de empresários do setor.

Como se trata de espaço público, as empresas interessadas precisam seguir normas definidas pela instituição, além de desembolsar o pagamento de aluguel, cujo valor na licitação não é fixo. Conforme Noleto, os recursos a serem investidos depende da escala por metro quadrado para um valor mínimo de lance, sendo a maior proposta a vencedora. Os gastos com o consumo de água e energia são também de responsabilidade do concessionário.  

 

Como a UFMT/CUA está situada na saída para a capital Cuiabá, em Barra do Garças, na Avenida Valdon Varjão e Avenida Universitária na cidade do Pontal, o acesso ao comércio das cidades é mais difícil para a comunidade acadêmica. O Campus Universitário do Araguaia possui cerca de 1.900 alunos e 300 professores.


Informalidade

 

A falta da lanchonete cedida formalmente pela instituição para alimentação dos acadêmicos é resolvida com o comércio de lanches por vendedores informais, sem regularidade definida. Serviço que é geralmente explorado por empresas das cidades ou mesmo pessoas autônomas.

 

Questionado sobre procedimentos sobre as atividades informações de produtos no interior da instituição, Noleto avalia que, por ser um espaço de uma universidade pública, não há nada que se possa fazer, “seja em relação a fiscalização dos produtos ou a expulsão destes vendedores, apenas podem ser consideradas as leis gerais do governo.”