Acadêmicos da UnB visitam comunidade Xavante com pesquisa sobre ‘Vivência Amazônica’

Pesquisa


Evellyn Giovanna

Pesquisadores e estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Campus universitário Araguaia, acompanharam nos dias 22 e 23 de outubro grupo de pesquisares em atividade de campo da Universidade de Brasília (UnB) em visita aos indígenas da comunidade Xavante de Barra do Garças (MT).  

O trabalho "Vivência Amazônica” é realizado por cinco pesquisadores com participação de 25 alunos de 17 cursos diferentes. A proposta da atividade é analisar a realidade e conhecer as causas amazônicas, contribuindo com o intercâmbio científico, técnico e cultural com práticas de vivências e trocas de experiências, com vistas ao conhecimento da cultura dos povos originário na região. 

O trabalho de pesquisa de campo foi realizado entre os dias 3 e 24 de outubro, quando os participantes percorreram cerca de seis mil quilômetros, com visitas ao estado de Mato Grosso, no Brasil, e regiões da Bolívia como descreve Enaile Iadanza  umas das coordenadoras e idealizadoras do projeto. "Os participantes têm contato com povos indígenas, agricultores familiares, quilombolas, camponeses e populações extrativistas" destaca.

 

Povos originários Xavante recebem pesquisadores e estudantes da UnB e UFMT, Campus Araguaia, com apresentação de danças - Imagem Pamela Santana.

 

No estado do Mato Grosso foram realizadas atividades com seringueiros da Reserva Extrativista Guariba - Roosevelt; povos indígenas Rikbaktsá, Chiquitanos, quilombolas do Mata Cavalo e trabalhadores rurais do Assentamento Dorcelina Folador (MST).

Em Barra do Garças o grupo foi até a comunidade dos povos originários Xavante, na Escola Municipal Indígena de ensino Fundamental Iró’ Órãpe também conhecida como “Escola Tatu”. 

A visitação no município durou cerca de 2 dias, o que permitiu aos pesquisadores acompanharem a rotina e vivência dos membros da comunidade Xavante. O projeto Vivência Amazônica acontece com a contribuição de redes de contatos dos coordenadores, permitindo a troca entre o grupo de estudantes e os povos visitados. 

"A principal importância do projeto pra mim, foi a visão coletiva, e não individual do mundo, principalmente nas comunidades," descreve Fernando Potyguar, estudante de Engenharia de produção da UnB.

Os alunos do curso de jornalismo UFMT CUA que participaram da visita, realizaram atividades com produção de documentário e fotografias com supervisão do professor Gilson Costa, coordenador do Núcleo de Produções Digitais (NPD).  

Atividades acadêmicas 

A parte acadêmica e organização do trabalho “Vivência Amazônica” faz parte da responsabilidade dos alunos da UnB, que ao final realizam produção de artigos científicos, documentários e diários pessoais. Os universitários vêm se preparando para a atividade de campos com preparação roteiros e divisões de tarefas como: alimentação, higiene, finanças, comunicação, transporte e prevenção à saúde há cerca de 6 meses antes da viagem. 

"A vivência é uma experimentação transformadora, o contato com o outro de culturas diferentes e entre nós mesmos nos modifica,” destaca Iadanza. O projeto de extensão surge com a disciplina "Tópicos Especiais da Amazônia" e tem o apoio do Núcleo de Estudos da Amazônia (NEAZ), do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (CEAM) da Universidade de Brasília.