VI Fórum de Assistência Estudantil da UFMT realizado em Cuiabá recebe críticas e elogios

Universidade

Marcelo Borges

O VI Fórum de Assistência Estudantil da UFMT foi realizado de forma presencial em Cuiabá entre os dias 21 e 23 de setembro no auditório da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis. O evento tem como objetivo debater proposições dos estudantes e servidores técnicos sobre a assistência estudantil na universidade.  Durante os três dias foram apresentadas discussões quanto ao funcionamento dos Campi Universitários com participação de representações estudantis e gestão administrativa da universidade mato-grossense. 

O Fórum, segundo os estudantes, é momento importante para apresentações de demandas  que muitas vezes não chegam ao conhecimento dos gestores da instituição. Como destaca a estudante do Campus de Sinop, Tatiana Batista, do curso de medicina veterinária, o evento resulta em oportunidade de debater assuntos pertinentes à vida acadêmica, que exigem soluções rápidas.

Na cerimônia de abertura estiveram presentes os representantes discentes dos campi da universidade mato-grossense. Giovanna Bezerra, Presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), Wesley da Marta, representante discente no Conselho de Ensino e Pesquisa (Consepe), Iago Venâncio e Thais Carvalho, coordenadores do Diretório Central dos Estudantes (DCE) de Cuiabá. Representantes da gestão universitária, com as presenças da Vice-Reitora Rosaline Rocha Lunardi e Pró-Reitores.

Logo na abertura do evento  a ausência dos representantes dos campi Araguaia e Sinop na mesa de abertura chamou a atenção dos participantes. No sentido de contornar o impasse, o conselheiro do Consepe, o estudante Wesley da Mata, concedeu o uso da palavra aos dois representantes para apresentação dos problemas dos campi.

 

Grupos de Trabalho formado por estudantes em discussão para apontamentos de metas a serem apresentadas a plenária do fórum - imagem: Marcelo Borges.

 

A presidente do DCE Araguaia, Marília Nonato, descreveu para os colegas a falta de eficiência no transporte dos discentes para as duas unidades do Campus.  Segundo ela, estudantes são deixados nos pontos sem condições para chegar à universidade durante o período de aulas. A Secretária de Assuntos Estudantis (SAE) do Campus Araguaia, Mirtes Santos disse desconhecer o problema no transporte dos estudantes da UFMT/CUA. 

Nonato ainda destacou que a ida ao fórum somente foi possível com o apoio da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Mato Grosso (ADUFMAT), que custeou a alimentação dos jovens nos trajetos de ida e volta. 

 

Visão dos estudantes

Para a estudante do curso de Direito, Laila Rodrigues,  a universidade precisa democratizar o acesso à informação internamente, com divulgação por meio de cartazes e panfletos sobre os programas oferecidos pela instituição. 

“Eu propus também como meta, a abertura do RU [Restaurante Universitário] aos sábados à noite e aos domingos, tanto café no almoço e jantar, com o intuito de que todos os estudantes tenham uma alimentação digna diariamente, inclusive nos finais de semana” complementa Rodrigues.

Gabriel Ribeiro, estudante do curso de Engenharia de Alimentos da UFMT/CUA, destaca a importância do Fórum. Segundo ele, há oportunidade para os discentes apresentarem problemas da universidade, como é o caso do transporte no Campus Araguaia, com superlotação e estudantes das duas unidades sem conseguir chegar à instituição. Ele reivindicou também a construção da Casa do Estudante Universitária (CEU) dos campi do Araguaia e Sinop.

“Na minha visão, o momento mais importante do fórum foi [a disposição] os estudantes do campus Araguaia irem até lá e mostrarem por que vieram, levantarem a voz, debaterem todas as suas necessidades, falarem tudo que o campus precisa e debater com outras pessoas, o que a universidade realmente precisa e o que é nosso por direito.”

A representante do Campus de Sinop, Tatiana Batista, estudante do curso de medicina veterinária avalia que sua participação foi importante, no momento que buscou “levar as principais demandas que são extremamente urgentes e que precisam ser solucionadas atualmente no Campus de Sinop”.

Conforme Batista, são demandas que se referem “à segurança do campus, a falta de acessibilidade para pessoas com deficiências, obras inacabadas e a falta de manutenção nos equipamentos instalados dentro do campus como um todo.”