Com ameaça de cortes de verbas para as universidades federais, estudantes da UFMT/CUA realizam paralisação

Política

Laís Soares

Os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso realizam paralisação nesta terça-feira (18), nas duas unidades, de Barra do Garças e Pontal do Araguaia. A mobilização tem como objetivo chamar a atenção da comunidade regional para os cortes de recursos do governo federal para as universidades federais brasileiras.

Os estudantes vão se concentrar em frente à unidade de Barra do Garças durante todo o dia, com paralisação das atividades acadêmicas. 

Conforme o vice-presidente do DCE da UFMT/CUA, Marcelo Borges, "em um primeiro momento ocorreu o indicativo de paralisação, agora estão sendo realizadas assembleias de cursos para que estes decidam individualmente se participarão ou não da paralisação". Como afirma Borges, a paralisação está aprovada e ocorrerá mesmo que nem todos os cursos decidam participar. 

 

Vista aérea de blocos da UFMT Campus Araguaia, onde será realizada, nesta terça, paralisação dos 

estudantes contra cortes de verbas enunciados pelo governo para as universidades federais – imagem 

Cristiano Costa.


Gilson Costa, coordenador do curso de jornalismo e membro da Associação dos Docentes da UFMT (ADUFMAT), afirma que em assembleia da categoria ocorrida na última segunda-feira (10) foram discutidas questões sobre o impacto que o contingenciamento dos recursos causaria na universidade. Também sobre os impactos da reforma administrativa que está sendo discutida no legislativo. 

Esse contingenciamento impacta principalmente nos contratos que a universidade têm com o serviço de limpeza, segurança, restaurante, energia e água, que precisam ser pagos mensalmente. Além disso, também impacta nas bolsas que a universidade fornece aos estudantes, afirma o docente.

"A paralisação é um ato dos estudantes que está sendo apoiada pela subseção Araguaia da ADUFMAT e como respeito ao DCE, que está organizando e por entender que é uma luta legítima e necessária”, avalia. 

Segundo Costa, "o momento da universidade é delicado, há sérios riscos de os nossos serviços serem paralisados. Por isso, há entendimento entre ADUFMAT e DCE de que é através da pressão social, da pressão dos estudantes, professores e técnicos administrativos e de outros setores da sociedade é que nós podemos fazer com que o governo federal reveja esse posicionamento, que contingenciou 2,4 bilhões de reais da educação”. 



Portaria da UFMT, Campus Araguaia, local de manifestação discente, nesta terça-feira (18) 

- Imagem Arquivo Focaia.