Com lista de reivindicações, professores e servidores técnicos da UFMT discutem possibilidade de greve

Greve 

Marcelo Borges  

Servidores técnicos da UFMT sinalizam favorável à greve nacional, com reivindicação de direitos trabalhistas e salariais, como destaca o funcionalismo, de perdas em torno de 20% de reajuste salarial. Avaliam uma grande união de sindicatos em torno das pautas e eixos unificados, por um único objetivo, com integração dos sindicatos federais  em busca de decisões conjuntas. 

O servidores técnicos em particular, neste sentido, aguardam adesão das entidades sindicais das categorias do funcionalismo público para que a pressão sobre o governo federal seja mais efetiva, diante da pouca adesão e visibilidade nos protestos realizados neste ano.

Conforme a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativo em Educação da UFMT (SINTUF-MT), Luzia Melo, e, Reginaldo Araújo, diretor geral da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT), a paralisação no Brasil é liderada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Serviços Públicos Federais (FONASEFE) e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas do Estado (FONACATE). 

 

Servidores técnicos da UFMT  realizam mobilização com proposta de greve, caso o governo federal não sinalize negociação com o funcionalismo público - imagem MidiaNews.

  

Em Mato Grosso duas das instituições responsáveis pelos servidores federais da educação, SINTUF-MT já sinalizou favoravelmente à greve, que representa categoria que está em atividade presencial desde o ano passado. A ADUFMAT, por sua vez, aguarda o retorno presencial nos campi da UFMT, para tomarem uma decisão quanto a um posicionamento sobre à participação, o que deverá passar por discussão entre os docentes da universidade mato-grossense. 

Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativo em Educação da UFMT (SINTUF-MT) Luzia Melo, entre as principais reivindicações do funcionalismo está em torno da reposição salarial, o qual está há cinco anos sem receber reajuste, com perda no período de 19,99% nos salários. 

A lista de insatisfações do funcionalismo público é extensa, com amplo debate no país neste momento político, com suas especificidades por categorias. Os servidores técnicos das universidades públicas defendem a revisão dos cortes dos recursos públicos para educação feitos nos últimos anos, na gestão do atual governo. 

Com isso, pedem a revogação da emenda constitucional 95/2016, que trata sobre o teto de gastos implantado por Michel Temer e mantido na gestão do presidente Jair Bolsonaro.  Exigem também o arquivamento da PEC 32/2020, que diz respeito à reforma administrativa, que, na visão do funcionalista retira direitos e precariza das atividades públicas do Estado, além de revisão dos cortes de verbas das universidade federais. 

De acordo com a coordenadora do SINTUF/MT, apesar das reivindicações serem para os servidores federais, isso trará ao longo do tempo resultados aos servidores em escalas estaduais e municipais que também sofrem com a falta de reposições salariais.

Greve docente

O diretor da ADUFMAT, Reginaldo Araújo, afirma que a associação só decidirá sobre entrar ou não em greve quando as aulas presenciais retornarem e conseguirem realizar uma assembleia presencial com os docentes. Na UFMT, na modalidade presencial as atividades nos quatro campi retomam no dia 11 de abril.

Conforme Araújo, por ser um assunto delicado será necessário discutir muito bem e analisar todos os impactos que podem ser gerados pela decisão da categoria.