Documentário produzido pela UFMT Araguaia é selecionado para Mostra Internacional do Cinema Negro

Cinema

Luiguy Kennedy

Com início nesta terça-feira (16) e término no dia 30 de novembro a Mostra Internacional do Cinema Negro (MICINE), apresentada no Cine Petra Belas Artes em São Paulo, exibe no período 11 curtas e 10 longas-metragens selecionados. Entre as produções está o filme “Giramundá: o congo e diáspora”, do Núcleo de Práticas Digitais (NPD) da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia.

Na sua 17ª edição, o evento é realizado a distância através da plataforma de transmissão digital, porém com abertura oficial no formato presencial. O tema desta edição é “Pela superação da tentativa eurocêntrica defolclorização da africanidade: a dimensão pedagógica do cinema negro posta em questão.” 

De acordo com o coordenador Núcleo de Produção Digital (NPD) da UFMT/CUA, e diretor do documentário, Professor Gilson Costa, é de grande importância a participação na Mostra, “por se tratar de um evento internacional e levando em consideração a temática do cinema negro e afrodescendente, e a contribuição de realizadores negros”. O documentário tem o roteiro de Herman Oliveira, pesquisador educacional e produção de Everton Brito que é ator, diretor e produtor de teatro.

 

Cena do documentário UFMT/CUA Giramundá: o Congo e a diáspora, sobre a comunidade de Nossa Senhora do Livramento, que será exibido Cine Petra Belas Artes em São Paulo, na Mostra Internacional do Cinema Negro em novembro – imagem CNP/UFMT.

 

O documentário retrata a tradição afrodescendente que é realizada na cidade de Nossa Senhora do Livramento que fica a cerca de 40 km de Cuiabá, produzido em 2018, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura e participação de estudantes da UFMT/CUA.

“Giramundá: O Congo e a diáspora” é resultado de produções de projetos acadêmicos desenvolvidas ao NPD, ligado ao curso de Jornalismo, que tem o objetivo fomentar e apoiar a realização de temas sobre a região do Vale do Araguaia.

“O evento de alguma forma é uma janela de exibição para filmes de temáticas negras e a divulgação das produções universitárias, através dos projetos de extensão. Além disso, trazer para o público os fragmentos da cultura do nosso estado”.

Conforme acrescenta Costa, “Mato Grosso é um estado bastante diverso e tem uma população negra importante, temos várias histórias de quilombos, ressaltando que aqui também teve essa ancestralidade, esses atores sociais, que de alguma forma tiveram uma importância fundamental na formação cultural, política e social da nossa região.”