Pelo segundo ano o congresso nacional de comunicação da Intercom é realizado virtualmente

Evento 

Redação

Luara Romão


O 44° Congresso Brasileiro de Ciência da Comunicação da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, a Intercom, será realização pela Universidade Católica de Pernambuco, entre os dias 04 e 09 de outubro de 2021. O evento ocorre pelo segundo ano consecutivo na modalidade virtual, integralmente, devido a pandemia e o distanciamento social.

 

O 44° Congresso Brasileiro de Ciência da Comunicação, a Intercom, será realizado pela Universidade Católica de Pernambuco, segundo ano consecutivo promovido de forma virtual - Imagem: reprodução.

 

O Intercom Nacional, que está entre os maiores congressos de comunicação mundo, reúne pesquisadores de todo o país em parceria com diversas universidades brasileiras. Tradicionalmente há um média de 3.500 participantes entre alunos de graduação, pós-graduação, pesquisadores e profissionais das habilitações de jornalismo, relações públicas, publicidade, rádio, televisão, cinema, produção editorial.

O professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação e da Faculdade de Comunicação em Artes da UFMT e Diretor Regional Centro-Oeste da Intercom, Luan Chagas, tem como expectativa que as atividades empolguem os pesquisadores, os estudantes, assim como ocorreu ano passado, realizado também remotamente pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O pesquisador da UFMT destaca a importância do tema escolhido para esta edição, “Comunicação e Resistência Prática de Liberdade para Cidadania,” que segundo ele remete ao que o evento sempre buscou, de debater as principais questões do país.

A temática, conforme Chagas, foi pensada na relação como “Centenário de Paulo Freire que sempre deixou claro quanto a ideia de liberdade é parte da resistência, e resistência também é uma prática de liberdade para garantir a cidadania.”

O pesquisador avalia, contudo, os desafios da realização de um evento como a Intercom virtualmente, pelo segundo ano consecutivo nesta modalidade, depois de mais de 40 anos de trabalhos presenciais, em meio a debates e discussões em torno da comunicação em espaço reservado para as atividades, organizado por universidades brasileiras.

Luan Chagas ressalta que este ano será comemorado três décadas do grupo de pesquisa em rádio e mídia sonora no Brasil, e se preocupa com momento de desafios para dar continuidade às pesquisas como estas, já reconhecidas e tradicionais. “Aquele que faz ciência no Brasil tem sofrido com muitos ataques nos últimos anos e as dificuldades para angariar recursos estão visíveis”, lamenta.

“Dentro dos espaços da comunicação é preciso saber valorizar as associações nacionais de pesquisa, porque são associações que defendem os interesses da pesquisa em comunicação no Brasil, que dialogam com as instituições.”

O Intercom ganha importância, segundo ele, pelo fato de ser ambiente para “grandes debates, grandes discussões para que possa, de alguma forma, interferir no processo nacional, nas questões que são de interesse nacional quando analisamos esses aspectos da comunicação”.

 Desafios e otimismo

Apesar das dificuldades e desafios dos tempos remotos, com evento realizados virtualmente, Chagas observa alguns pontos positivos, entre eles, ser um espaço que permite reunir pessoas ainda que distantes, sem a necessidade de deslocamento. Deste modo, reduzir custos daquele para aqueles que participam do congresso, principalmente os estudantes, que apresentam no Intercom Júnior, Expocom.

Ainda que haja pontos positivos, o congresso presencial se faz indispensável, com “o bate-papo, a troca de ideias e a formação de parcerias, que são formadas ali dentro do congresso. Uma atividade conjunta que reúne as principais instituições brasileiras, do interior, dos grandes centros e o quão importante é para o Centro-Oeste e para todo o país”.

Na sua avaliação, com o andamento da vacinação dos brasileiros e redução da circulação do vírus, é possível acreditar no retorno das atividades presenciais em um futuro próximo, de modo que, tanto no Intercom regional e quanto o nacional, todos possam trocar experiências em uma mesa de debates.

Que os estudantes possam comemorar “um prêmio da Expocom dentro de um auditório ou então apresentando seus trabalhos dentro de um grupo de pesquisa, se reunindo e depois conversando, formando parcerias, pensando nos avanços da pesquisa no cenário nacional, essa é a nossa torcida,” avalia.