UFMT sediará palestra para formação de educadores na inclusão de pessoas com surdez em sala de aula


Evento acadêmico

Agência Focaia
Redação
Barbara Argôlo


Turma da primeira edição de trabalho para formação em libras. Nesta segunda fase, serão 40 participantes que se dedicam ao aprimoramento sobre a língua de sinais. Imagem: arquivo


Na UFMT será realizado nesta segunda-feira (10) às 7h30, na sala-auditório 223, palestra sobre a conscientização da importância da acessibilidade em libras na educação, com o objetivo de conscientizar e formar educadores para a inclusão de pessoas com surdez no espaço escolar. A atividade faz parte do projeto “Divulgação e Ensino de Libras”, desenvolvido por grupos de trabalho da universidade mato-grossense.

De acordo com a técnica tradutora e intérprete de libras da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia (UFMT/CUA), coordenadora do trabalho, Neila Cristina de Lima Martins, a finalidade do projeto é divulgar a libras como sendo a segunda língua oficial mais falada no Brasil.

“Desde 2002 tem uma Lei (10.436/02) que obriga todos os estabelecimentos públicos a contarem com acessibilidade em libras que se dará por meio de intérprete ou funcionários que são qualificados na língua de sinais,” esclarece. Martins ressalta ainda que, apesar da legislação específica, “falta ainda muita divulgação e consciência nas pessoas.”

O projeto que está em seu segundo ano, segundo a intérprete, e nesta fase serão 40 alunos que integram o nível 2, no aprendizado da língua de sinais. Martins lembra ainda que a própria universidade, apesar de ter políticas inclusivas em relação à comunidade surda, não está preparada para atender essa demanda. “Servidores e técnicos não estão capacitados para atender alunos surdos”, avalia.

Além de palestras de divulgação sobre a língua de sinais, o projeto de extensão mantém parcerias com empresas para capacitação de funcionários no atendimento às necessidades daqueles que necessitam de intérpretes em Libras, uma vez que a maioria não sabe ainda o português, que para eles é uma segunda língua, diz Martins.

As inscrições para o evento se encerraram, o qual terá como participantes alunos de graduação da universidade e comunidade em geral.