Aventuras Percy Fawcett completam 95 anos, mantendo a lenda sobre cidade perdida e elevando o misticismo da região do Araguaia
Misticismo
Agência Focaia
Aventuras de Fawcett
Agência Focaia
Redação
Júlia Viana
A
cidade Barra do Garças (MT) possui muitos atributos e narrativas místicas,
especificamente na área na Serra do Roncador, avaliam estudiosos de fenômenos
ufológicos e paranormais, como o jornalista Genito dos Santos. Os pesquisadores
e adeptos da atividade acreditam que da cidade emana uma energia
sobrenatural, o que teria chamado a atenção do Inglês Percy H. Fawcett, no
começo do século passado, convicto de encontrar na região a chamada cidade Z.
Todo
esse misticismo atrai pesquisadores da área para o município que tem economia
voltada para o turismo natural, com suas cachoeiras, o Parque Águas Quentes
e foco nas atrações oferecidas pelo Rio Araguaia.
Pedra
conhecida como Cabeça do Índio, localizada num dos extremos da Serra do
Roncador, ponto
que atrai curiosos e pesquisadores -
imagem: reprodução.
A serra recebeu o nome de Roncador em razão de ecoar do seu interior, em diversos momentos, um som típico e semelhante a um ronco
forte. O barulho ocorre devido ao encontro dos fortes ventos da região com imensos
paredões maciços verticais. Devido ao misticismo em volta do local, alguns
moradores e curiosos afirmam que o som tem origem de alienígenas voando pela
região.
O mistério do local foi descrito nos
registros da famosa expedição do explorador inglês Percy Harrison Fawcett, um
coronel da Real Artilharia Britânica que veio à Barra do Garças em busca de
vestígios de uma civilização perdida.
Cidade
perdida
O jornalista Genito
Santos, que produziu um documentário sobre a expedição de Fawcett com título de
"Enigmas da Serra do Roncador", diz que o coronel chegou no país pela
primeira vez em 1905 como topógrafo para fazer a medição das regiões que faziam
fronteira com o país, e permaneceu por dois anos. Nesse tempo, teve encontros e experiências com nativos. Dessas conversas, passou a ter convicção de haver
no interior do estado de Mato Grosso uma cidade perdida, que Fawcett intitulou
de "A cidade Z".
De volta à Inglaterra,
Fawcett participou da Guerra em 1918, e se aposentou logo após. Em 1920 ele chega
em Cuiabá pela segunda vez, quando decidiu por realizar
expedição com o intuito de desbravar a região, começando pela cidade Chapada dos
Guimarães (MT), após realizar pesquisa no Rio de Janeiro o interior de Mato Grosso, quando encontrou
manuscritos deixados por bandeirantes para conhecer a rota que iria seguir.
De acordo como o Jornalista, em 5 de
marco de 1925 ele, finalmente, organizou a expedição, contratando homens e adquirindo mulas,
animais com resistência para longas viagens.
O inglês percorreu cerca de 500 km na tentativa de encontrar a cidade perdida acompanhado por ajudantes. Quando chegou na altura do acampamento denominado Cavalo Morto, dispensou os expeditores que o acompanhavam, e seguiu somente com seu filho Jack Fawcett, um fotógrafo e animais de cargas. Deste momento em diante ninguém soube mais de seu paradeiro.
O inglês percorreu cerca de 500 km na tentativa de encontrar a cidade perdida acompanhado por ajudantes. Quando chegou na altura do acampamento denominado Cavalo Morto, dispensou os expeditores que o acompanhavam, e seguiu somente com seu filho Jack Fawcett, um fotógrafo e animais de cargas. Deste momento em diante ninguém soube mais de seu paradeiro.
Documentário “Enigmas da Serra do Roncador”
produzido pelo jornalista Genito Santos, em que
atores dramatizaram a
expedição de Fawcett - imagem: reprodução.
Aventuras de Fawcett
Percy H. Fawcett foi mundialmente admirado por ter
levado sua vida dedicada as aventuras em partes do continente da Asia e América Latina em busca da cidade perdida, retratada em lendas que
atravessam o mundo. Seu objetivo era estabelecer contato com a civilização
desconhecidas e desbravar terras.
A Biblioteca Nacional
do Rio de Janeiro guarda coleção de documentos, como registros e manuscritos de
suas expedições.
"Até os dias de
hoje existem mistérios em torno do lugar que são guardados pelos indígenas que
vivem na região. Lá possuem vários lugares sagrados, que não podem ser
visitados nem fotografados pelo homem branco, sem a presença de indígenas",
afirma Santos.