Semana Científica movimenta a UFMT Araguaia, com participação de pesquisadores, estudantes e comunidade
Evento Científico
Agência Focaia
Reportagem
Júlia Viana
Izadora Viana
A
Universidade Federal do Mato Grosso, Campus Araguaia, na unidade de Barra do
Garças, promoveu na semana passada, a IX Semana Científica quando reuniu
pesquisadores e estudantes para diversas atividades, como palestras, debates,
apresentação de documentários, workshops e minicursos.
As atividades que integram a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) ocorreram no mesmo período da Semana Científica, na abordagem da mesma temática, a "Bioeconomia", com o intuito de ampliação do conhecimento sobre as áreas de estudo do Campus, com atenção à preservação do meio Ambiente, com produção industrial de modo sustentável.
Conforme ressaltou o gerente de graduação e extensão do campus Adam Luiz Claudino, esse ano a Semana Científica foi diferente de todas as outras, que aconteceu em parceria com a Semana Nacional de Ciências e Tecnologias, possibilitando ampliar a quantidade de atividades e palestrantes, além das visitas escolares, fazendo com que o evento fosse muito mais grandioso.
As atividades que integram a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) ocorreram no mesmo período da Semana Científica, na abordagem da mesma temática, a "Bioeconomia", com o intuito de ampliação do conhecimento sobre as áreas de estudo do Campus, com atenção à preservação do meio Ambiente, com produção industrial de modo sustentável.
Conforme ressaltou o gerente de graduação e extensão do campus Adam Luiz Claudino, esse ano a Semana Científica foi diferente de todas as outras, que aconteceu em parceria com a Semana Nacional de Ciências e Tecnologias, possibilitando ampliar a quantidade de atividades e palestrantes, além das visitas escolares, fazendo com que o evento fosse muito mais grandioso.
O
objetivo do evento, como define os organizadores, é a prestação de conta da
instituição sobre a sua produção científica que é feita dentro do campus,
também como forma de a comunidade visitar e conhecer esse universo acadêmico,
além de proporcionar aos estudantes da UFMT Araguaia a oportunidade de mostrar
os seus trabalhos e propiciar interação entre os cursos.
Participantes da Mesa de abertura a IX Semana
Cientifica do campus Araguaia no salão
de multiuso - Imagem: Viviane
Santos.
A abertura
do evento ocorreu na segunda-feira (25) com formação de mesa com participação do pró-reitor do campus Araguaia Paulo
Jorge da Silva, o gerente de graduação e extensão Adam Claudino, a diretora do
Instituto de Ciências Sociais e Humanas (ICHS), Lennie Bertoque, a diretora do
Instituto de Ciências da Terra (ICET) Louyse Tussolini, a diretora do Instituto
de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Eliane Ndiaye, e a professora Marcia
Pascotto coordenadora do Museu de História Natural do Araguaia
(MUHNA).
Atividades
O
pró-reitor na cerimônia disse que o impacto do evento se dá em apresentar a comunidade
externa o que é produzido dentro da Universidade e sair da sala de aula para
aprender novos temas na prática.
Atividades
A
primeira palestra, que deu início a Semana Cientifica, tratou de temática
“Bioeconomia: riqueza
e diversidade para o desenvolvimento sustentável” ministrada pelo professor
Euziclei Gonzaga de Almeida, para quem é extremamente importante a interação entre os estudantes e
professores em eventos como este. “Também para mostrar à comunidade o que está
havendo nas produções científicas.”
O
Cineclube Roncador exibiu na abertura, nesse mesmo dia, um documentário sobre a
Amazônia, o qual retrata a importância da floresta tropical para o futuro
econômico e climático do Brasil. O documentário foi exibido pela Rede Globo, em cinco episódios no “Fantástico,” revela as suas diversas
faces que podem não ser conhecidas pelos brasileiros.
Além
de tratar do papel fundamental que a Amazônia desempenha para o futuro do clima
e da economia brasileira, o documentário aborda um dos
principais problemas, como o desmatamento ilegal e as queimadas que causam
grande impacto ambiental no país.
A
estudante de jornalismo e bolsista do projeto Cineclube, Layra Santana, destaca
que a escolha do documentário “além de estar alinhado ao tema da Semana
Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), é importantíssimo e urgente diante
desse cenário atual e trágico que o bioma está passando. É extremamente
necessário que se discuta sobre os impactos sociais e ambientais da Amazônia,
que se discuta sobre sua preservação,” afirma.
Após
a exibição do documentário, em roda de conversa com participação dos
professores Magno Silvestre (UFMT/CUA), Hidelberto Ribeiro (UFMT/CUA),
estudantes e convidados, a graduanda do curso de Agronomia, Quesia Ribeiro, que
participou da exibição do vídeo e da roda de conversa discorda do
posicionamento de que o agronegócio estaria por trás dos problemas ambientais
brasileiros, como analisados.
Como afirma, “levando em consideração a pauta que foi
discutida, cada um expôs sua opinião, porém, muitos colocaram a agronomia como
a vilã de todo o acontecimento. Eu como estudante de Agronomia, tenho o
conhecimento de que nessa área, existem muitos que agem com má conduta, mas
nós estudantes, sempre somos alertados pelos nossos professores pelo seguinte
termo: Boas
práticas agrícolas; e carregamos isso conosco desde o início buscando
realizá-lo. Então, generalizar tal fato, em minha opinião, não seria certo.“
Na
terça-feira (26) ocorreu palestra com temática, “Povos indígenas e proteção
ambiental”, seguida de mesa redonda, composta pelo professor Gilson Costa
(UFMT/CUA), pedagogo formado pela Universidade de Brasilia (UNB), o indígena Oscar,
ancião da aldeia xavante, Mariano e os funcionários da Fundação Nacional do
Indígena (FUNAI), Maíra Taquiguthi e
Eduardo Monteiro.
Como afirma Oscar, a destruição do cerrado afeta a cultura xavante diretamente, e explica que a preservação do meio ambiente é importante para a permanência dos costumes da etnia.
Ele citou como exemplo, o ritual de casamento do povo Xavante, o qual exige
caçar um animal, como a anta, mas atualmente essa pratica deixa de ser possível
diante da escassez da espécie, em consequência dos ataques ao meio ambiente. Segundo
ele isso implica a mudança na cultura indígena, afetando seus valores tradicionais. Enfatiza a necessidade de preservação
do bioma, já que na aldeia ocorrem plantações para sua sobrevivência e manutenção
de cultura.
Palestra
sobre Proteção Ambiental enfatiza a proteção ao meio ambiente e ao bioma do
cerrado, para preservação da cultura e costumes indígena - imagem: Reprodução.
cerrado, para preservação da cultura e costumes indígena - imagem: Reprodução.
As apresentações de trabalhos de pesquisa foram apresentadas
na terça-feira (26), com participação dos estudantes do curso de jornalismo que fizeram exposição de estudos referentes a projeto de
pesquisa em que participam, como é o caso de Larissa Alves e Matheus Lobo, orientados pelo professor Jorge Arlan, os quais trataram da
temática “Jornalismo: comunicação e democracia”.
De acordo com Alves, o projeto tem como base analisar o discurso jornalistico na época de convergência midiática, baseando-se em uma metodologia de analise quantitativa e qualitativa, analisando entrevistas de candidatos presidenciáveis na eleição de 2018 para o Jornal Nacional.
De acordo com Alves, o projeto tem como base analisar o discurso jornalistico na época de convergência midiática, baseando-se em uma metodologia de analise quantitativa e qualitativa, analisando entrevistas de candidatos presidenciáveis na eleição de 2018 para o Jornal Nacional.
Na
quarta-feira (27) foram realizadas as apresentações de projetos de extensão, os quais resultam em atividades práticas de
pesquisa dirigidas à sociedade. Os autores dos trabalhos responderam às dúvidas
sobre suas pesquisas, e ao final, foram avaliados pelos professores. A Agencia de Jornalismo Focaia esteve
entre os projetos expostos na Semana Científica da UFMT Araguaia.
Na quinta-feira (28) outras atividades científicas foram apresentadas, dentre elas mesa redonda
com temática voltada para “Como a pesquisa em educação pensa a democracia.” A professora Wanderleya
Costa que compôs que compôs a discussão temática, falou sobre sulear (dar direção) as pesquisas em Educação, ou seja,
torná-las, orientadoras para a elaboração de propostas educativas independentes
na escola, na universidade e na articulação entre esses diferentes espaços
educativos. A pergunta, "o que celebra a democracia na sociedade?" apresentada pelo professor Hugo Heleno (UFMT/CUA), mediador do trabalhos causou amplo debate que gerou reflexão
e discussão dos participantes, ao final.
Premiação
O
encerramento ocorreu na sexta-feira (29) com a premiação de estudantes como
resultado de trabalhos e pesquisas avaliados.
Letícia
Chaves Lopes, estudante do curso de Enfermagem, foi uma das premiadas no evento
pelo seu trabalho ‘Sexualidade na Gestação: (in)visibilidade dos profissionais
da saúde’, na modalidade voluntário de extensão, e conta que ficou muito feliz
“pensava que isso nem era possível.”
A
estimativa de presença na Semana Científica do UFMT Araguaia, de acordo com os organizadores, foi três mil pessoas.
De acordo com o Gerente de Graduação e Extensão Adam Claudino a participação de escolas da região merece destaque no
evento. Claudino disse ter presenciado relatos de professores do ensino
básico da motivação dos estudantes depois da visita ao evento, “porque agora
eles estão voltando para as escolas com vontade de estudar”.