Falta de recursos para projetos na área da educação atinge o Museu de História Natural do Araguaia

Museu

Agência Focaia
Redação
Luara Romão 


Museu de História Nacional do Araguaia (MuHNA) localizado na UFMT – Barra do GarçasImagem:  
Arquivo Focaia 


O Museu de História Natural do Araguaia (MuHNA) com sede na Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia, passa por dificuldades devido à falta de recursos para manutenções e atividades como a conservação e composição (taxidermia) dos animais.

O museu não recebe recursos do orçamento da universidade, mas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que é vinculado ao Ministério de Tecnologia (MCT), a qual objetiva o aumento da pesquisa científica e tecnológica no incentivo à formação de pesquisadores no Brasil.

Em 2018, o edital na qual o museu havia conseguido recursos do CNPq venceu seu prazo, portanto neste ano não houve liberação de recursos pelo órgão federal e a verba para manutenção do museu foi obtida de doações de empresas da cidade de Barra do Garças conforme afirma a professora Márcia Pascotto, coordenadora do museu.

De acordo com Pascotto, “em 2013 o projeto foi aprovado com 300 mil reais, mas liberados apenas 50% e depois nunca mais. Para complicar ainda mais a condição de falta de recursos em janeiro o governo federal encerrou todos os projetos”.

 “Em dezembro eu tinha solicitado a renovação [do projeto relativo ao museu] na esperança de receber os outros 50% [aprovados], porém o governo baixou uma portaria que todos os projetos que estavam em prorrogação por causa desses 50% ou de outros recursos de demanda anteriores não iriam receber mais” complementa Pascotto.

Em média o museu, para seu funcionamento, exige no mínimo de dois mil reais para atividades básicas, mas como afirma a coordenadora atualmente está há um ano sem receber nenhum recurso, funcionando sem estudantes bolsistas, mantidos pela UFMT, apenas com atividades de três voluntários, número que pode variar dependendo das atividades implementadas, como exposições e participação em eventos.  

O projeto do museu do Araguaia ainda está em fase de criação vinculada ao Instituto de Ciências Biológicas, e será uma unidade apesar de ter surgido como uma atividade acadêmica da UFMT/CUA. Atualmente há seis projetos de extensão atuando dentro do mesmo. 

Para a formação haverá processo burocrático, que passa por aprovação pelo conselho diretor da universidade, responsável por normatizar todas as criações de órgãos dentro da UFMT. Havendo parecer favorável, como afirma Pascotto, o MuHNA será vinculado a estrutura física da universidade, como laboratórios, biblioteca, e por fim reconhecido como Instituto Biológico da Saúde.