Estudante de Agronomia do Araguaia chega entre os 10 finalistas em competição nacional com projeto “Solo líquido’

Ciência

Agência Focaia
Reportagem
Júlia Viana

A estudante de agronomia da UFMT Campus Araguaia Aline Ferreira Ramos desenvolveu o projeto chamado Solo Líquido que ficou entre os finalistas do ITA Challenge Desafio de Empreendedorismo, promovido pelo Instituto Técnico Aeronáutico (ITA). Único projeto de Mato Grosso a se classificar entre os 10 melhores do país, mas não conseguiu chegar à final com os 3 finalistas. A premiação ocorreu dia 5 deste mês em São José dos Campos (SP)
 Estudante Aline Ferreira com o protótipo do projeto Solo Líquido projeto premiado em evento 
realizado pelo ITA, em São José do Rio Preto - Imagem: Reprodução.

Conforme informações do site oficial do ITA CHALLENGE, o desafio busca estimular o espírito empreendedor dos alunos e desenvolver suas habilidades em criar, desenvolver e gerir negócios criativos e inovadores em equipe. A competição é uma iniciativa do Centro de Competência em Manufatura do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (CCM-ITA) e acontece anualmente, desde o ano de 2013. 

A estudante da UFMT, conseguiu chegar às finais, com destaque diante da importância do evento, que reúne os melhores projeto desenvolvido por estudantes de todo o país. A competição ocorreu em cinco fases. Inscrição, qualificação, crescimento, aprimoramento, e disputa final. O “ITA Challenge: Desafio de Empreendedorismo” teve início com 521 selecionados. 

A pesquisa de Aline Ferreira tem como resultado o “Solo Líquido”, um solo sintético desenvolvido para cada tipo de cultura com quantidades de nutrientes e água ideias para a formação completa da planta, destaca Ferreira. 

Como acrescenta, o solo líquido é sustentável pois utiliza o mínimo possível de recursos hídricos para o desenvolvimento do vegetal e pode ser utilizado por qualquer pessoa. Portanto, não há necessidade de conhecimentos técnicos para produzir a planta, além de que quase não ocupa espaço físico, afirma. O projeto é voltado para a produção de hortaliças e produção de aromas e sabores de plantas típicas do cerrado e a Amazônia brasileira.

Ferreira afirma que “o projeto é ideal para ser utilizado por pessoas que não possuem tempo de cuidar de plantações, sendo necessário apenas, neste caso, abrir a embalagem, colocar a semente e esperar a germinação da planta ocorrer.”

Ela afirma que foi "uma satisfação enorme representar a UFMT e nossa região de Barra do Garças em um evento a nível nacional como esse, e mais gratificante ainda é representar a mulher em áreas da ciência tão importantes e mostrar que somos capazes e podemos estar onde queremos estar”.

Não recebeu apoio financeiro da UFMT, mas arrecadou o valor com familiares e seu orientador Marcio Andrade (UFMT), para a viagem à São José dos Campos, interior paulista participar das disputas científicas. 

Homenagens 

A estudante foi homenageada na Câmara de Vereadores de Barra do Garças e de Pontal do Araguaia com uma moção de aplausos, pelo resultado da pesquisa e projeto com reconhecimento nacional.