Academia de Letras de Barra do Garças completa 32 anos de atividades na promoção de cultura e artes da região
Cultura,
conhecimento
Especial
Agência Focaia
Redação
Marcos Filho
Sede da Academia de Letras Cultura e Artes do
Centro-Oeste, situada à Rua Simião Arraya, próximo
ao Porto do Baé, na cidade
de Barra do Garças (MT) - Imagem: Marcos Filho.
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Valdon Varjão, escritor, historiador, empresário e político Cearense é daqueles personagens da vida real que consegue, por onde passa deixar suas marcas. Saiu ainda jovem de sua cidade natal, para fazer de seu novo lar a cidade de Barra do Garças (MT), onde veio a criar vários espaços marcantes no estado de Mato Grosso, deixando um extenso legado ainda em vida. A “Academia de Letras”, é um destes espaço com incentivo à cultural e artes.
Fundada
no ano de 1987, no dia 15 de setembro, data comemorativa também de aniversário
da cidade de Barra do Garças, tornou-se a primeira academia de letras da região
do Araguaia com importância para as comunidades regionais. Uma entidade formada
por cerca de 60 integrantes vindos de todo o país.
A Academia de Letras, para muitos desconhecida quanto às atividades que promovem
fica localizada na rua Simião Arraya, em prédio no centro da cidade
mato-grossense, construído em meados da década de 90, com verbas vindas da lei
“Hernes de Abreu”, de incentivo do estado à cultura, com iniciativa de Varjão.
Para a
sua edificação, o escritor visitou academias de várias cidades, dos grandes
centros urbanos brasileiros, na busca de inspiração. O objetivo seria o de integrar
características que pudessem ser aplicadas na “academia” de Barra do Garças. Como
pensado por seu idealizador, a casa de letras é referência que vai além da região do médio Araguaia,
integrando-se às demais cidades do centro-oeste.
Membros
Nos
dias atuais a academia de letras tem dentre os integrantes, Natalice do Rego,
Florisvaldo Flores (advogado), Generoso Rodrigues (Jornalista), Milton Mendes
(arquiteto e artista plástico), Erotiudes da Silva (escritora), Arquimedes
Carpentier (jornalista), Ana Alves (poetisa), Humberto Bosaipo (deputado),
Divino Arbués (cantor), Dionísio Carmo (arquiteto).
O
presidente da academia de Letras é o professor da UFMT, Eliel Ferreira, desde
2019, cujo tempo no cargo se encerra em outubro deste ano. Acompanhado de um
vice-presidente, Malba Thania Varjão, tesoureiro, Zé Carlos e bibliotecário, João do Couto.
Segundo
Ferreira, os assuntos tratados lá são “questões administrativas, manutenção do
prédio e discursões dos projetos que têm espalhados por todos os órgãos”. A
gestão desenvolve projetos com as temáticas culturais e literárias com a
prefeitura de Barra do Garças, conselho de cultura de Cuiabá e ministério da
cultura de Brasília.
Atividades
A
academia vem realizando apresentação de filmes de curta-metragem por meio do
projeto cine clube Melquias Mota. Além de promover palestras explorando os mais
variados temas, que vão de literários, medicina, e outros tópicos.
As
palestras ministradas na academia contam com pensadores de todos os lugares e
profissões, podendo ser apresentados, tanto no espaço onde se encontra a
academia, quanto em escolas, universidades e feiras culturais.
“Nós
temos programado a feira do livro, para expor obras de autores mato-grossenses
e de todo o centro-oeste, contando ainda com diversas oficinas, ministrada pela
academia. Esse projeto foi aprovado pela prefeitura de Barra do Garças, mas os
recursos financeiros responsáveis pela realização do evento não foram
liberados,” conta Ferreira.
Um dos
projetos ambiciosos da gestão é a revitalização da Rua Simião Arraya, onde está
localizado o prédio da academia de letras, com o objetivo de desenvolver
atividades culturais no local. A proposta, como informa seu presidente, foi aprovada
na penúltima legislatura da Câmara Municipal, defendido pelo vereador Paulo
Raye.
Na
proposta de projeto arquitetônico, que contempla arborização da via pública,
espaços de exposição e venda de produtos artesanais, tornando-se um ponto
cultural, no qual os turistas que veem à Barra do Garças possam encontrar
eventos, música ao ar livre, além de lembranças por meio do artesanato
produzido pelos moradores das cidades do Vale do Araguaia, revela Ferreira.
Para o
desenvolvimento do projeto, a mão de obra e os materiais de construção, foram
cedidos pela comunidade, mas a prefeitura de Barra do Garças não disponibilizou
a verba e o maquinário para a obra. Como a academia é um tipo de organização
sem vínculo organizacional e não ter fins lucrativos, depende dos apoios da
comunidade e da política. Como destaca Ferreira, a casa somente promove a
cultura da região. Neste sentido, para obter recursos para pagar as despesas, a
forma encontrada pela foi alugar um dos cômodos da academia.
Ingresso
“A
forma de ingresso hoje é na vacância (vaga) dos membros. Então na medida que
uma cadeira fica vaga, é aberto um edital, dando ciência da vaga. Deixamos um
estatuto, junto de uma ficha de inscrição, para aquele que esteja interessado
em fazer parte da academia”, relata o presidente.
Caso o
número de candidatos seja grande, é formado uma comissão de escolha,
responsável por analisar o curriculum de atuação do candidato. Como membros da
academia estão personalidades das mais variadas vocações e profissões.
Como adiante
Ferreira há discussão entre membro da casa a pretensão de prestar homenagem aos
pioneiros da academia de Letras, por meio de uma condecoração, que deve ser
intitulada “Valdon Varjão. A seleção dos pioneiros escolhidos ao prêmio, será
por meio de votação nas redes sociais, aberta à participação dos
barra-garcense.