Núcleo de produção digital da UFMT realizou, em Barra do Garças, amostra de curtas metragens, com Cineclubista da cidade


Cinema


Agência Focaia
Redação
Marcos Antônio

Público da Amostra de curtas metragens mato-grossenses em exibição na cidade de Barra 
do Garças (MT) – Foto: Acervo do núcleo de produção digital


O evento semana de audiovisual mato-grossense (REC-MT) apresentou na noite de sábado (11), cerca de cinco curtas metragens, com produções de universitários mato-grossenses, dos quais apresentam enredos de histórias do cotidiano de pessoas esquecidas e marginalizadas de nosso país.

A noite começou com a apresentação do primeiro curta, uma produção chamada "Majur", do diretor Rafael Irineu, que conta a história de uma mulher transgênero indígena, e suas dificuldades de convivência no meio social.

Os demais filmes exibidos foram: a gente já nasce mãe, do produtor Caru Roelis; “Aquele disco da Gal”, produção e direção de Diego Baraldi e Juliana Curvo; “Como ser racista em 10 passo”, produção de Isabela Ferreira; e “Pandorga”, produção de Maurício Pinto.

Após as apresentações dos curtas, os coletivos LGBTQ+ - Cores e coletivo negro - CORAGE, da UFMT, com a produtora de audiovisual, Aliana Camargo, abriram uma roda de conversa, a fim de debater as vivências apresentadas nos filmes, destas produções nacionais.

Camargo, formada em 2003 pela UFMT, trabalha na área de audiovisual, no estado de Mato Grosso. Ela já passou por projetos de extensão do cine clube, participou de trabalho acadêmico de cinema, desenvolveu pesquisas na Universidade mato-grossense e no currículo a participação de dois documentários de TVs.  

Em Cuiabá ela participou dos festivais e hoje em dia, desenvolve doutorado, em uma perspectiva de mídia educacional.

“Independente do lugar da produção de audiovisual, seja uma cidade pequena ou não, é possível criar enredos muito bons, fazendo boas fotografias e áudios. Por ser uma indústria ampla, como é o caso da plataforma de vídeo, Youtube". Como avalia e um espaço em que "os produtores de conteúdo de audiovisual podem disponibilizar seus filmes ou curtas-etragens para o mundo todo”.

Conforme uma das colaboradoras do evento e do Núcleo de Práticas Digitais (NPD), da UFMT, Clea Torres, “sempre estamos valorizando as nossas produções e as do estado. Quando levamos audiovisual para a comunidade, levamos junto, conhecimento, cultura e educação. Atualmente esses três eixos devem caminhar juntos, e, assim, conseguirmos fazer uma mudança social”.

Ela acrescenta que a mostra de curtas foi a primeira de muitas. “Essa mesma amostra tramitou em diferentes regiões do estado de Mato Grosso, como Chapada dos Guimarães, Várzea Grande, Cárceres, etc”.

Essa é a segunda mostra audiovisual que o NPD promove em 2019. A primeira foi a mostra olhares do Araguaia, realizada através do projeto Olhares do Araguaia, apoiado pela secretaria de cultura. O segundo evento foi o REC. “Somos parceiros constante nas exibições mensais do Cineclube Roncador”, afirma Torres.

O evento Rec-MT ocorreu no Cineclube Melchiades de Mota, na academia de Letras, Cultura e Artes do Centro-Oeste, na cidade de Barra do Garças.

A proposta como revela os organizadores do Núcleo de Práticas Digitais da UFMT é apresentar amostras de cinema ao longo do ano de 2019, para que a população conheça as produções regionais do estado de Mato. Grosso.