Gênero e sexualidade
Agência Focaia
Redação
Marcos Antônio
Roda
de conversa entre estudantes, comunidade e professores da UFMT-CUA, com a temática:
existe visibilidade LGBTIQ+ na universidade? - Imagem:
Bárbara Argôlo e Gabriel Green
O evento Araguaia Interativo realizado pela Universidade Federal
de Mato Grosso, no mês passado, trouxe na programação ampla discussão sobre preconceito, sexualidade
identidade de gênero. No seu encerramento, o público acadêmico se reuniu para
acompanhar roda de conversa realizado durante a tarde de sábado (16).
Integrantes do grupo coletivo cores apresentaram algumas de suas
temáticas no meio acadêmico. Como analisam, além da vivência na própria sociedade, não
dá abertura para essa comunidade nos mercados de trabalho e no meio
universitário.
A discente do curso de direito, Karenn Ferreira salienta que “os
universitários LGBTIQ+, não conseguem criar trabalhos referentes a esse meio de
vivência no meio acadêmico”, em forma de pesquisa sobre sua realidade vivida na
sociedade. Ela reafirma que “esse pequeno grupo de universitários ativos de
gays, lésbicas, transexuais e dentro outras variantes do mundo LGBTIQ+, não
consegue produzir trabalhos acadêmicos em torno desse tipo de temática.
Além disso, Karenn completa, usando um dados produzidos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), segundo os quais
universitárias lésbicas, não têm trabalhos de produção acadêmica registrados na
área de atuação.
Como avalia é necessária a conscientização da sociedade para lidar
com a diversidade de identidade de gênero e sexualidade, tornando as pessoas no
espaço públicos menos preconceituosas. Assim, quebrando os estereótipos,
inclusive dentro das universidades.
A estudante de direito diz que são necessárias medidas jurídicas
que permitam a troca de nome social para qualquer pessoa transgênica, sem
precisar ter toda um aparato judicial.
Durante a conversa, dois únicos universitários da UMFT/CUA, João
Augusto e Nicolas Augusto que são transgêneros relataram as várias dificuldades
sofridas dentro do meio acadêmico, por falta de políticas que possibilitem a
sua participação.
O estudante de jornalismo, João Augusto, defende a criação de banheiros
sem gênero, “pois esse é um dos aspectos entre muitos, que preocupam essas
pessoas, além do medo de serem violentados ou desrespeitados, pelo simples fato
de usar o banheiro público, os quais ainda são classificados com ‘masculino ou
feminino’”.
“A identidade de gênero, não tem a ver com a relação
de orientação sexual. A identidade de gênero é o que eu sou enquanto indivíduo,
já a orientação sexual é por quem eu me atraio”.
Referente ao acolhimento feito pela a universidade, João diz ainda
que “é inexistente! Não existe um preparo da instituição para receber pessoas
trans, não se têm um preparo dos profissionais e não existe informação na
universidade sobre esse tema, então o acolhimento é zero”, avalia.
O estudante, no entanto, observa que há mudanças quanto a reivindicação de espaços e discussões na universidade. Como constata, entre os novos discentes do Campus Araguaia há dois universitários transgênero. Com mais participações, segundo João Augusto haverá diálogos para aceitação da diferença de gêneros, os quais são deixados de lado, por ser uma minoria.
O estudante, no entanto, observa que há mudanças quanto a reivindicação de espaços e discussões na universidade. Como constata, entre os novos discentes do Campus Araguaia há dois universitários transgênero. Com mais participações, segundo João Augusto haverá diálogos para aceitação da diferença de gêneros, os quais são deixados de lado, por ser uma minoria.