Evento acadêmico
Agência Focaia
Reportagem
Barbara Argôlo
Julia Tinan
Agência Focaia
Reportagem
Barbara Argôlo
Debates
sobre questões de gênero fizeram parte de palestras e minicursos do
evento realizado
pela UFMT Araguaia - Fotos: Barbara Argôlo
Realizado entre os dias 14 e 16 de março na Universidade Federal
de Mato Grosso Campus Universitário do Araguaia, o I Araguaia Interativo, que
teve como tema “Educação e Saúde: um olhar através dos gêneros”. Durante os
três dias de evento foram realizadas palestras com participação de
pesquisadores, estudantes e profissionais ligados à temática, além de
minicursos, rodas de conversas e apresentações culturais.
O Araguaia Interativo será parte de atividades realizadas
anualmente pela UFMT Araguaia Campus, e para este ano entrou no calendário de
atividades em atendimento à recomendação do Ministério Público Federal local,
diante da denúncia de casos sobre preconceitos em sala de aula, envolvendo
estudantes e professores.
Com o intuito de trazer discussões sobre diversos temas, os
organizadores destacaram em um dos debates em forma de palestras, o combate à
violência contra mulher proferidas por representantes da Rede de Frente e POLITEC (Perícia Oficial e identificação e Identificação Técnica), cuja
temática também foi abordada em minicursos durante o evento.
No evento acadêmico outra questão de destaque foi roda de
conversa, envolvendo integrantes da comunidade LGBTQ+, na discussão sobre o
preconceito e a intolerância vividas pelas pessoas que pertencem a esse grupo,
dentro e fora do âmbito acadêmico.
Organizador das atividades e ministrante do minicurso, Luís
Antônio Bitante, ressalta a necessidade desse tipo de discussão no espaço
acadêmico com participação da comunidade. “É importante a universidade
promover esse debate, o falar sobre gênero e sexualidade, pra quebrar os tabus,
os paradigmas que estão sendo ditos na sociedade de forma bastante equivocada”,
declara.
Segundo ele, a ideia de unir os institutos da universidade, que
abrigam todos os cursos de graduação da UFMT Araguaia, tem como origem o interesse dos estudantes para que houvesse uma ampliação do avaliação da
própria universidade e sua dinâmica de relações internas.
“Essa ideia da unificação dos três institutos é uma demanda que
parte dos discentes, são alunos e alunas que provocaram essa ideia e levaram
adiante um processo de unificar, para que temas questionáveis e polêmicos,
temas tabus dentro da sociedade pudessem ser debatidos por um maior número de
pessoas, ampliar esse leque que a gente tem”, afirma.
Para Túlio Felipe Queiroz, estudante do curso de geografia, da
UFMT/CUA, eventos como esse são essenciais para “abrir a mente das pessoas e
mostrar que a universidade está dialogando sobre isso [preconceitos e
identidades sociais] e que também enfrenta problemas”, elenca.
“Acreditamos que essa sociedade tem que entender que existe
pluralidade e diversidade e o papel da universidade sempre foi e vai ser tratar
sobre temas de relevância para abrir os olhos da sociedade” finalizou.