Conselho Universitário aprova reajuste nos preços cobrados pelo Restaurante Universitário da UFMT


Política Universitária

Agência Focaia
Redação

Júlia Tinan
Nathalia Gonçalves 


Após estudos e análises feitos por comissões, nesta quarta-feira (12), o Conselho Universitário (CONSUNI), se reuniu em Cuiabá, para decidir sobre propostas para a nova política de alimentação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A reunião contou com professores, técnicos, estudantes e foi transmitida ao vivo pelo site da UFMT.  Com 24 votos a favor, 12 contra e 8 abstenções, o conselho aprovou o relatório apresentado pela comissão central. 

                                                       Foto: assessoria de imprensa UFMT 
Em reunião, Conselho Universitário da UFMT aprova nova política
 de preços para os Restaurantes Universitários 

De acordo com Pedro Alves Rezende, coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Campus do Araguaia, “a comissão foi formada para estabelecer um diálogo com o reitorado”. As reuniões que ocorreram ao longo do ano buscaram encontrar uma solução para o impasse sobre o valor da cobrança nas refeições, no restaurante universitário da instituição.

Ocupação e greve estudantil

Na UFMT Araguaia, no dia 20 de abril de 2018, após os estudantes serem informados de que o RU sofreria aumento de R$1 para R$5 no almoço e jantar e café da manhã para 2,50, eles se mobilizaram e fecharam a guarita da universidade ocupando o Campus.

“No dia 29 de março tivemos uma reunião com o reitorado, nessa reunião eles mostraram uma proposta de aumento do RU. Eles deram um prazo de 25 dias para gente elaborar uma contraproposta, porém, 6 dias antes da reunião, em que o DCE apresentaria a nova proposta, no dia 18 de Abril, o reitorado se reuniu com os diretores de instituto de todos os campi e pró-reitores, em uma reunião onde foi informado que a Reitora Myrian Serra iria assinar o documento do aumento do RU para 5 reais” comenta Pedro Alves Rezende.

Segundo, no dia 19 de abril foi realizada uma assembleia geral com os estudantes e decidido fechar a guarita de entrada do Campus, no dia 20. Com a deflagração de greve pelos estudantes, foram 2 meses sem aula. 

“Saímos da greve quando a reitora aceitou o diálogo e a formação da comissão central e local, com participação dos estudantes” enfatiza o estudante.

Em seguida foram formadas comissões. Composta por 27 integrantes, com representações de técnico-administrativos, docentes e estudantes, a comissão central tinha o objetivo de apresentar uma nova política de alimentação até novembro deste ano, a partir de um estudo feito juntamente com as comissões locais de cada campus.

Segundo o Presidente da Comissão do Campus do Araguaia, Daniel Oliveira Souza, a comissão local contou com 11 participantes entre alunos, técnicos e professores e foi dividida em 5 grupos.

“A Comissão Local do Araguaia dividiu-se em grupos específicos para estudar a política de alimentação e elaborar propostas”. As temáticas dos grupos eram de analisar o orçamento da UFMT, formar ações de barateamento do custo da refeição, estudar propostas de aumento do preço das refeições no Restaurante Universitário, viabilizar o preço do RU a R$ 1,00 universal para todos os estudantes, e analisar a licitação e contrato de concessão do Restaurante’’. Destaca.

Reunião decisiva

Durante a reunião do Consuni, foram apresentadas duas propostas. A primeira defendia a manutenção do valor do preço cobrado pelos Restaurantes Universitários a R$ 1,00 no almoço e jantar e R$ 0,25 no café da manhã.

Prevaleceu, no entanto, a segunda proposta, aprovada pelos membros do Consuni, que determina o valor cobrado pelo RU de R$ 2,00, e não mais R$ 1,00 como atualmente, para no almoço e jantar e R$ 1,00 no café da manhã. Os novos preços passam a valer depois do recesso. Decidido também que em julho de 2019 o valor do almoço e jantar sofrerá novo aumento, de R$ 0,50, e o café da manhã permanecendo no mesmo preço. 

A nova política de alimentação aprovada pelo Conselho Universitário, também conta com um novo calendário para o restaurante, que passa a ter 260 dias e não mais 200 dias. Além disso, o café da manhã passa a ser ofertado também aos sábados. A medida visa beneficiar os alunos de pós-graduação e envolvidos em projetos de extensões, que não dependem do calendário acadêmico de graduação.