Meio ambiente
Em matéria publicada pelo site Envolverde, a gerente de campanhas da ONU Meio Ambiente, Fernanda Daltro, destacou em um evento ocorrido na cidade de São Paulo a urgência de se pensar sobre a nossa forma de consumir material plástico. “Para acabar com a poluição plástica precisamos repensar como desenhamos, produzimos e usamos estes produtos. Parte do problema é o comportamento do consumidor em consumir desnecessariamente produtos plásticos descartáveis e fazer o descarte incorreto”.
Essa responsabilidade também recai sobre as indústrias e empresas, as quais têm a capacidade de influenciar no comportamento dos consumidores através de suas mercadorias. Elas podem rever a forma de fabricação de seus produtos e optar por um processo menos danoso ao meio ambiente, um exemplo disso é a empresa brasileira Oka Bioembalagens que desenvolveu uma produção 100% biodegradável através de matérias-primas naturais como a fécula de mandioca, que ainda pode servir em seu descarte como ração animal.
Desafios
Agência Focaia
Redação
Nathália Cavalcante
Colaboração
Uma rede de náilon
prende uma tartaruga-cabeçuda em litoral espanhol (Foto: Jordi Chi/ Reprodução/ National Geographic)
As embalagens plásticas já fazem parte do cotidiano tão intensamente que a população esquece o perigo que elas causam,
principalmente para os oceanos. Estima-se que mais de dez milhões de
toneladas de plástico são descartadas nos mares, de todo planeta, por ano.
A cada dia o ritmo de produção de embalagens
plásticas cresce, no mundo. Segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), só o consumo de sacolas chega até 5 trilhões
por ano no planeta. O descarte incorreto e a baixa taxa de reciclagem,
destes e outros materiais, vêm ameaçando a vida marinha e outros biomas.
Em matéria publicada pelo site Envolverde, a gerente de campanhas da ONU Meio Ambiente, Fernanda Daltro, destacou em um evento ocorrido na cidade de São Paulo a urgência de se pensar sobre a nossa forma de consumir material plástico. “Para acabar com a poluição plástica precisamos repensar como desenhamos, produzimos e usamos estes produtos. Parte do problema é o comportamento do consumidor em consumir desnecessariamente produtos plásticos descartáveis e fazer o descarte incorreto”.
Essa responsabilidade também recai sobre as indústrias e empresas, as quais têm a capacidade de influenciar no comportamento dos consumidores através de suas mercadorias. Elas podem rever a forma de fabricação de seus produtos e optar por um processo menos danoso ao meio ambiente, um exemplo disso é a empresa brasileira Oka Bioembalagens que desenvolveu uma produção 100% biodegradável através de matérias-primas naturais como a fécula de mandioca, que ainda pode servir em seu descarte como ração animal.
Outra preocupação é com espécies marinhas, que
acabam confundindo o lixo plástico com comida. Um dos casos que surpreendeu o
mundo há alguns meses foi a de uma baleia-piloto que morreu depois de engolir
mais de 80 sacolas plásticas na Tailândia, conforme informações do site da National Geographic. Os detritos obstruíram o estômago
do animal, que passou a não se alimentar adequadamente.
Não é possível saber com precisão o número de
animais marinhos que morrem por ingerirem ou por ficarem presos nestes
materiais, mas aproximadamente 700 espécies, entre elas ameaçadas de extinção,
já foram afetadas pelo plástico nos mares, de acordo com o site Envolverde.
Em 2015, biólogos da Universidade do Texas (EUA) usaram um alicate para retirar um canudo de plástico da narina de uma tartaruga-oliva, o vídeo foi filmado pela bióloga marinha Christine Figgener e sua equipe, que realizavam um trabalho de campo em Guanacaste, Costa Rica. O material foi publicado pelos próprios pesquisadores e já teve mais de 30 milhões de visualizações no Youtube.
Em 2015, biólogos da Universidade do Texas (EUA) usaram um alicate para retirar um canudo de plástico da narina de uma tartaruga-oliva, o vídeo foi filmado pela bióloga marinha Christine Figgener e sua equipe, que realizavam um trabalho de campo em Guanacaste, Costa Rica. O material foi publicado pelos próprios pesquisadores e já teve mais de 30 milhões de visualizações no Youtube.
Biólogos
tentam retirar canudo plástico de uma tartaruga marinha no mar da Costa Rica
(Foto: Reprodução/Olhar Animal)
Desafios
A ONU Meio Ambiente lançou no começo do ano o jogo global #AcabeComAPoluiçãoPlástica, por entender que o incentivo é uma forma de combater o consumo exagerado de plásticos descartáveis. O
desafio começou com influenciadores digitais e celebridades, como o ator
norte-americano Adrian Grenier e a modelo Gisele Bündchen.
Na dinâmica do jogo, a pessoa posta uma
foto ou vídeo nas suas redes sociais falando sobre as mudanças que decidiram
adotar para acabar com a poluição plástica, e as alternativas sustentáveis
escolhidas. Nessa publicação, ela desafiará três pessoas ou organizações,
que deverão mostrar a sua mudança para contribuir com a causa, e, assim,envolver mais pessoas no desafio.
Muitas empresas têm criado produtos feitos com fios de plástico. A Parley
for the Oceans, é uma organização norte americana que conscientiza sobre a importância de
cuidar dos oceanos e tem uma parceria com a empresa alemã Adidas. Juntas elas desenvolvem produtos esportivos como tênis e camisetas feitos de material
plástico.
A empresa alemã, que é fornecedora de produtos para o time do Flamengo, lançou em julho deste ano o novo uniforme do clube carioca feito de materiais plásticos e com poliéster reciclado, na cor azul, em alusão às praias cariocas.
A empresa alemã, que é fornecedora de produtos para o time do Flamengo, lançou em julho deste ano o novo uniforme do clube carioca feito de materiais plásticos e com poliéster reciclado, na cor azul, em alusão às praias cariocas.
A poluição plástica é um dos maiores desafios
ambientais do nosso tempo, de acordo com dados da ONU Meio Ambiente. Se não
houver mobilização para enfrentar esse problema, haverá mais plástico do que
peixes até 2050. Com isso, o Focaia tem algumas dicas (imagem ao lado), que podem ser adotadas para ajudar na preservação do meio ambiente.
A psicóloga Silvana Santos, conta que sempre busca alternativas
sustentáveis para contribuir com o meio ambiente e comentou quais são os hábitos que utiliza para diminuir o consumo plástico.
“Uso somente sacolas de pano, garrafas de vidro para colocar água, escova de dente feita de bambu, esponja vegetal. Não uso canudinhos de plástico e levo o lixo separado para a coleta seletiva. Consigo notar uma diferença em meu bem estar, sinto-me melhor ao fazer a minha parte.”
“Uso somente sacolas de pano, garrafas de vidro para colocar água, escova de dente feita de bambu, esponja vegetal. Não uso canudinhos de plástico e levo o lixo separado para a coleta seletiva. Consigo notar uma diferença em meu bem estar, sinto-me melhor ao fazer a minha parte.”
Mudar os seus hábitos pode ser uma maneira simples, mas eficaz em proteger os biomas naturais. Uma boa alternativa é começar diminuindo o consumo de materiais plásticos e depois buscar outras alternativas sustentáveis.