Em Barra do Garças, presidenciável Álvaro Dias fala sobre os desafios da educação universitária e o fim do foro privilegiado
Política
Agência Focaia
Reportagem
Vasco Aguiar
Foto: Diego Carvalho
O candidato à presidência, Álvaro Dias, esteve em Barra
do Garças para debater o fim do foro privilegiado.
O candidato à presidência
da república, Senador Álvaro Dias (PODE/PR), na
última sexta-feira (18), esteve
em Barra do Garças (MT) para participar de debate sobre o fim
do foro privilegiado e o futuro do Brasil, que ocorreu na Faculdade Cathedral. Dias também falou sobre a crise na educação,
afirmando que ela está relacionada à política do atual governo que não
investe os 10% do PIB (Produto Interno Bruto) que deveriam ser destinados ao
setor. Em sua comitiva estava o
senador mato-grossense José Medeiros (PSD/MT).
Em entrevista exclusiva à Agência Focaia, o pré-candidato à presidência se posiciona a favor do
fim do foro privilegiado. No entanto, Dias não acredita que seja uma solução
para acabar com a corrupção, mas afirma, “vai acabar com as desigualdades.
Passaríamos a ser todos iguais perante a lei”. Para o presidenciável, o foro
privilegiado se constitui em um paraíso para a impunidade. “São 55 mil
autoridades beneficiadas. Se nós queremos uma nova justiça, temos que acabar
com o foro privilegiado”, enfatiza.
O senador José Medeiros
reforça a posição de Dias. “É
um sonho pensar que o fim do foro possa acabar com a corrupção, mas ele é um
anseio das pessoas”, aponta. Para Medeiros, o debate deste tema é importante,
“mas o ideal seria que o Brasil tivesse mecanismos para diminuir a corrupção”,
ressalta.
Universidades federais
Tendo em vista a crise
das universidades públicas federais, com cortes orçamentários que refletem na
diminuição de investimentos em programas estudantis, o presidenciável diz ter proposto como relator no
senado federal, o Plano Nacional de Educação. Como
aponta, “nele consta que deve ser
destinado 10% do PIB para a educação. Entendo que, se este percentual estivesse
sendo respeitado, não haveriam dificuldades em atender às demandas
educacionais”.
O candidato afirma que,
hoje cerca de 6% do PIB é revertido para a educação. “O que devemos fazer é
administrar melhor a aplicação do dinheiro público, rever orçamentos de todas
as áreas, e a educação tem que ser prioridade”. Para Dias, de modo geral, “o
setor educacional tem ficado em segundo plano”.
Redução do Estado
O presidenciável tem
dito, desde o lançamento de sua campanha em março, que pretende fazer a
Refundação da República. “Essa expressão significa substituir sistemas de
governança que fracassaram, e essa refundação se dará através de reformas
importantes”, conta o candidato.
Ele explica que, na sua
perspectiva é importante eliminar privilégios de autoridades e reduzir o
tamanho do estado. “Um executivo e legislativo mais enxuto será mais
econômico”, ressalta. Após o enxugamento do estado, “partiríamos para outras
reformas essenciais, como a da previdência, do sistema federativo e
principalmente a tributária, que eu considero primordial para motivar o crescimento
econômico”, sinalizando apoio às
diretrizes do neoliberalismo.
Segundo pesquisa CNT/MDA de intenções de votos para a
presidência da república, divulgada no último dia 14, Álvaro Dias aparece em 5º
lugar entre os candidatos para o 1º turno. Com 3% das intenções de
votos, o candidato está atrás de Jair Bolsonaro (PSL) com 18%, Marina Silva
(Rede) 11%, Ciro Gomes (PDT) 9% e Geraldo Alckmin (PSDB) com 5% dos
votos.
Dias afirma que não
considera os resultados da pesquisa confiável. “O mais importante para que eu
consiga chegar ao segundo turno é mostrar minhas credenciais, não apenas só o
que tenho a dizer agora, mas o que já fiz”, finaliza.