Cinema
Agência Focaia
Redação
Barbara Argolo
Foto divulgação
O documentário revela rituais da aldeia xavante Namunkurá, região de Barra do Garças
O documentário revela rituais da aldeia xavante Namunkurá, região de Barra do Garças
O Núcleo
de Produção Digita da UFMT, campus Araguaia foi premiado em três diferentes
categorias na 15ª edição do Cineamazônia, Festival Latino-Americano de Cinema
Ambiental, que ocorreu de 17 a 21 de outubro, na cidade de Porto Velho (RO), com
o documentário “Xavante: Memória, Cultura e Resistência.
O
festival, realizado desde 2003, tem como objetivo central de unir cinema e meio ambiente, divulgando e
promovendo a mensagem pela sustentabilidade, o respeito à natureza e à tradição
dos povos que dela dependem. O
média-metragem (29 min) mato-grossense entrou na competição para curtas-metragens e
foi vencedor nas categorias de melhor documentário, melhor trilha sonora e
melhor montagem.
Dos
cerca de 50 filmes selecionados para o festival, o júri considerou que o
documentário produzido em Barra do Garças (MT) apresenta uma narrativa
envolvente, que revela a tradição indígena sob a perspectiva do presente, e
conduz o espectador à uma viagem de descoberta da cultura de um povo.
O
documentário também foi exibido no Festival Internacional de Cinema e Vídeo
Alternativo Comunitário Ojo al Sancocho, em Bogotá, na Colômbia, e no Festival
Internacional de Cinema Indígena de Wallmapu (FICWALLMAPU), em Temuco, no Chile.
Em abril deste ano, recebeu o prêmio de melhor pesquisa na Mostra SESC de
Cinema de Mato Grosso e no mês de maio foi exibido na Mostra Latitude 15 de
filmes mato-grossenses, em Cuiabá.
Realizada
em parceria com os indígenas da etnia Xavante da aldeia Namunkurá, no município
de Barra do Garças, a obra apresenta imagens inéditas de dois importantes
rituais presentes na cultura do povo Xavante. O primeiro é o ritual Wapté
Mnhõhõ, que marca a passagem do jovem Xavante para a vida adulta; o segundo é o
Wai’á rini, um rito espiritual que envolve o sacrifício do corpo para obter o
poder da cura.
Para o
diretor do filme, professor do curso de Jornalismo Gilson Costa, este prêmio é
de grande relevância. “O filme foi construído coletivamente. Além da equipe da
UFMT, contou com a participação de professores indígenas, anciãos e jovens que
participaram de uma oficina de formação audiovisual na aldeia”, relata o
professor.
O
projeto teve o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UFMT, da Secretaria de
Estado de Cultura de Mato Grosso, e foi gerido por uma ação de extensão
desenvolvida pelo Núcleo de Produção Digital da UFMT, campus Araguaia.