Orçamento é desconhecido

UFMT


Jornal Gazeta (Cuiabá)
Redação
Alcione dos Anjos

                                                                                                   Fotos: Adailson Pereira
“Todos os reitores estiveram reunidos com o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, ontem (24) e não tivemos nenhuma informação de qual será o recuso às universidades brasileiras públicas federais”, diz reitora.

Além do contingenciamento orçamentário enfrentado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a instituição não sabe, até agora, quanto terá de orçamento em 2018. O Ministério da Educação (MEC) ainda não encaminhou a proposta com previsão dos recursos para investimento que serão repassados às instituições públicas.

Para a reitora da UFMT, Myrian Serra, a situação é preocupante uma vez que do orçamento aprovado em 2016, de R$ 30 milhões, de recurso de Capital (investimento), já houve contingenciamento de 50%.

Do recurso para investimento aprovado para este ano, na ordem de R$ 18 milhões, houve redução de 50% do valor, mas até agora a instituição só recebeu cerca de R$ 4,5 milhões, deixando a gestão no limite.

A situação já vinha sendo debatida pela sociedade acadêmica, mas foi exposta nesta sexta-feira (25) pela reitora. “Todos os reitores estiveram reunidos com o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, ontem (24) e não tivemos nenhuma informação de qual será o recuso às universidades brasileiras públicas fenderias”, revela.

A reunião entre o MEC e a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) aponta que a situação crítica das universidades é nacional.

A UFMT divulgou nota nesta semana informando que a instituição precisa de cerca R$ 14 milhões para honrar seu compromisso. “Estamos definindo que fornecedores irão receber o que lhe é devido, ou seja, que contas vamos pagar. Isto é muito ruim para a nossa relação com os fornecedores, que pode gerar problemas de manutenção e serviço de instituição”, afirma a reitora.

A UFMT está negociando com fornecedores para continuar atendendo a instituição este ano e ao mesmo tempo cobrando do MEC garantia que as universidades federais terão repasses para investimento (Edição Focaia).