Focaia
Reportagem
Suzana Ataíde
O Coletivo Cores é um grupo receptivo e de
interação para toda a comunidade LGBTTAS (Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Transexuais, Transgêneros, Assexuados e Simpatizantes). Contribui com ações em
prol da igualdade de direitos e defesa dos direitos humanos, buscando promover
a conscientização da comunidade interna e externa através de ações efetivas de
informação e conscientização visando o desenvolvimento de uma cultura de
respeito e complacência frente às diferenças.
Como começou o grupo
O coletivo foi fundado em 20 de abril de 2013 com
sede no Campus Universitário do Araguaia, da Universidade Federal do Mato
Grosso (UFMT/CUA). “No inicio sua formação era maioria de homens gays e apenas
uma mulher lésbica. Eu e alguns alunos da UFMT participávamos de movimentos
estudantis e sempre víamos boas discussões sobre as vivências LGBT e sempre
comentávamos sobre como seria interessante que nosso campus tivesse um
coletivo, mas infelizmente sempre com aquela fala de que alguém deveria criar.
Animados, após alguns congressos, resolvemos tirar do papel e chamamos amigos
assumidamente gays e lésbicas e começamos a discutir o estatuto e como se dariam
as reuniões.”, diz Rodolfo Pinheiro Bernardo Lôbo um dos fundadores do grupo.
Uma das formas para dar visibilidade ao grupo e
atingir o maior número de pessoas foi à organização de saraus que aconteciam no
Porto Baé, ponto turístico da cidade, que envolviam pessoas héteros, LGBTTAS
assumidos e não assumidos, pessoas interessadas e dispostas em discussões
políticas.
Política de defesa
O grupo tem por objetivo dar apoio à comunidade
LGBTTAS da universidade e da comunidade externa. Por meio das reuniões, quando
são discutido assuntos de relevância para essa minoria, o debate tratava
questões como: Caso de preconceito dentro e fora da universidade, vivencia
deles dentro e fora do campus, suicídio, emponderamento e relatos de histórias.
"Apesar das discussões serem sérias, o que mais chamava a atenção era o
clima descontraído do grupo, a forma como era trabalhado os temas diz",
Rodolfo Pinheiro.
O mesmo afirma que ao longo do tempo as
conversas passaram a se desenvolver de forma mais extrovertida e amigável.
Pessoas foram convidadas a ajudar nos debates como: Professores da
universidade, jovens religiosos e profissionais que vivem dentro dessa
realidade LGBTTAS. Logo o grupo foi crescendo ganhando voz e visibilidade
dentro da universidade.
Apesar das discussões em torno da causa do grupo,
Caio Zacardi um dos participante do grupo,reconhece que atualmente “O
Cores está em processo de reestruturação, precisa de membros e de ajuda, falta
incentivo da militância universitária, para ampliar o cores". As reuniões
continuam sendo abertas para toda comunidade e e são realizadas de acordo com a
disponibilidade do grupo.