3ª edição do ICHS InterAtivo traz a interculturalidade dos povos originários como tema

Evento acadêmico

Agência Focaia
Redação 
Giulia Sacchetti


                                          Fotos: Adailson Pereira
Mesa composta pelos professores, Reginaldo Araújo, Magno Silvestri e o cacique Damião durante o evento

O Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Araguaia, promoveu nesta segunda-feira (5), a 3ª Edição do “ICHS InterAtivo”, com debate do tema: “Povos originários: Interculturalidade e Justiça Social”. O palestrante convidado foi o Cacique representante da tribo Xavante, Damião Paridzané e teve participação do professor do Departamento de Saúde Coletiva da UFMT Cuiabá, Reginaldo Silva de Araújo. A mediação ficou a cargo do professor do curso de Geografia, da UFMT/CUA, Magno Silvestri.

O tema central da conferência de abertura foi a reflexão sobre a integração dos povos originários com a sociedade. Ao iniciar, o professor Reginaldo, trouxe alguns dados históricos e relevantes sobre a atual situação desses povos (originários).

O indígena,  cacique Damião, contou um pouco sobre sua luta que continua até hoje para que os costumes se mantenham, assim como as terras indígenas. Para finalizar, ele faz um apelo: “Só peço respeito de todos vocês, alunos dessa universidade, com nosso povo e com a mãe-terra”.

Após a conferência, houve debate e alguns depoimentos vindos da plateia. Um deles foi o da professora do curso de Letras UFMT/CUA, Águeda Borges. A docente expôs sua visão sobre a importância de abrir o ambiente universitário para recepcionar esses povos, que além de serem bilíngues, estão sempre prontos para aprender coisas novas mediante às demais culturas.

Diretora do ICHS, professora e organizadora do evento, Lennie Bertoque (foto ao lado), conta estar satisfeita com os resultados obtidos e explica que o termo “povos originários” é uma maneira como os indígenas se vêem diante da sociedade, pois “indígenas” e “índios” foram nomes inventados por nós, porém, essa nomenclatura ainda não está adepta a todos os povos. A diretora ainda destaca que por Barra do Garças ser uma cidade de muitas culturas, principalmente dos povos Xavante, ainda há pouca informação e inclusão destes na sociedade, e principalmente dentro do campus.

O evento encerrou na última terça-feira (6), com uma roda de conversa e compartilhamento de comidas típicas dos povos originários. Houve debate sobre temas diversos relacionados a cultura e ainda, apresentações de dança e canto.